PUBLICIDADE

Europa

Copiloto avisou sobre depressão em 2009, afirma Lufthansa

A companhia entregou documentos à procuradoria; contudo, ele teria obtido um atestado médico de aptidão para pilotar

31 mar 2015 - 14h42
(atualizado às 15h17)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Andreas Lubitz, copiloto do voo da Germanwings, teria avisado a empresa sobre depressão</p>
Andreas Lubitz, copiloto do voo da Germanwings, teria avisado a empresa sobre depressão
Foto: Foto-Team-Mueller / Reuters

A Lufthansa declarou nesta terça-feira que o copiloto do Airbus da Germanwings que caiu nos Alpes informou à companhia aérea que, em 2009, teve um episódio severo de depressão.

A companhia entregou documentos à procuradoria, incluindo e-mails de Andreas Lubitz a seus instrutores de voo. "Nesta correspondência, ele informou à Escola de Treinamento de Voo em 2009... sobre um 'severo episódio de depressão'", afirma o comunicado.

Contudo, ele teria obtido um atestado médico de aptidão para pilotar, segundo a companhia, matriz da Germanwings.

Siga o Terra Notícias no Twitter.

A empresa afirma ter enviado "no interesse da elucidação rápida e sem falhas" das circunstâncias da tragédia essas informações, obtidas "após uma investigação interna."

Copiloto do Airbus foi tratado por tendências suicidas:

Desta forma, a Lufthansa forneceu à procuradoria todos documentos referentes ao treinamento de Lubitz, seus "registros médicos" e "correspondência entre o copiloto e a escola de pilotagem".

É nesta correspondência que o jovem forneceu em 2009 documentos médicos comprovativos de que era capaz de retomar a sua formação, apesar de já ter sofrido um "episódio depressivo grave."

O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, que deve visitar na quarta-feira o local da tragédia, havia dito na semana passada não ter "nenhuma pista" sobre os motivos do copiloto, que teria deliberadamente lançado a aeronave contra os Alpes franceses, matando todas as 150 pessoas a bordo.

Vídeo mostra copiloto alemão rindo enquanto aprendia a voar:

Spohr também ressaltou que o copiloto havia interrompido a sua formação por "vários meses" há seis anos por uma razão que o CEO não revelou.

Andreas Lubitz passou por todas as provas de aptidão necessárias e concluiu com êxito a sua formação. Ele era "100% capaz de conduzir" um avião, havia assegurado Spohr.

O que a aviação aprende com os acidentes aéreos O que a aviação aprende com os acidentes aéreos

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade
Publicidade