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Europa

Conservadores alemães querem obrigar refugiados a reconhecer Israel

28 nov 2015 - 14h14
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A União Democrata-Cristã (CDU), partido liderado pela chanceler Angela Merkel, estudará em seu próximo congresso uma proposta para obrigar os refugiados a comprometer-se com as leis e os valores da Alemanha, desde a igualdade de gênero até o reconhecimento do direito de Israel a existir como Estado.

?Segundo informam neste sábado as revistas "Der Spiegel" e "Focus", a iniciativa é uma ideia da vice-presidente da CDU e líder do partido no estado da Renânia-Palatinado, Julia Klöckner, que propõe que os refugiados assinem um acordo com o Estado para garantir sua integração.

Com ele se comprometeriam a situar a Constituição alemã acima da sharia, a lei islâmica, a rejeitar todo tipo de discriminação contra mulheres, homossexuais e pessoas de outras crenças e a aceitar a diversidade religiosa.

O acordo insta também os refugiados a reconhecer o direito de Israel a existir e ressalta a importância de aprender o idioma alemão.

Quem, por exemplo, se recusar a fazer um curso do idioma, poderia ver cortados os benefícios sociais que recebe.

Na opinião de Klöckner, no assunto da integração não se pode confiar na voluntariedade ou na casualidade, razão pela qual é necessário regular por lei os direitos e as obrigações.

"A integração funciona como um apertão de mãos, é preciso que haja duas partes implicadas", declarou à revista "Focus".

A crise dos refugiados será um dos assuntos centrais do congresso que a CDU realizará em meados de dezembro em Karlsruhe, no leste do país, um fórum no qual previsivelmente Merkel terá que escutar as críticas da ala mais conservadora de seu partido.

A Alemanha receberá este ano mais de um milhão de solicitantes de asilo e as dificuldades de amparada e o desafio da integração criaram tensões na grande coalizão de governo liderada por Merkel, mas também nas fileiras de seu próprio partido.

EFE   
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