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Mundo

EUA teriam ajudado Kiev a atacar navio russo Moskva em abril

Segundo mídia, embarcação foi atingida por 2 mísseis

6 mai 2022 - 08h46
(atualizado às 08h55)
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As agências de inteligência dos Estados Unidos teriam fornecido informações que ajudaram as forças armadas de Kiev a atingir o cruzador de mísseis russo Moskva em 13 de abril, publicaram a emissora "CNN" e o jornal "The New York Times" nesta sexta-feira (6).

Cruzador de mísseis Moskva foi afundado em 13 de abril no Mar Negro
Cruzador de mísseis Moskva foi afundado em 13 de abril no Mar Negro
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A explosão no Moskva, um dos navios mais emblemáticos de Moscou, culminou na morte de um marinheiro e no desaparecimento de outros 27. O Kremlin, por sua vez, nega o ataque e diz que houve um incêndio interno após a explosão de munição.

Conforme a "CNN", depois de ter avistado uma embarcação de guerra no Mar Negro, Kiev entrou em contato com Washington para confirmar se se tratava do Moskva. Os EUA então confirmaram e forneceram informações precisas sobre a localização. Porém, a emissora destaca que não sabe se os norte-americanos estavam envolvidos na decisão de atacar o cruzador.

Já o "NYT" ressalta, citando dois altos funcionários, que a inteligência dos EUA já havia recolhido informações precisas sobre o Moskva por conta própria e que só atuou na confirmação de identificação e coordenadas.

Essa é a segunda vez que a mídia norte-americana revela a ajuda de Washington com informações de inteligência. Um dia antes, publicaram que os militares do país orientaram sobre a localização de generais russos em batalha - a Ucrânia já matou quase uma dezena deles.

Na Rússia, uma resposta formal do Kremlin sobre o Moskva foi publicada por um canal russo chamado "VKontakte" e repercutida pela emissora ucraniana "NextaTV". Dmytro Skrebets, pai do soldado Yegor Skrebets que estava no navio afundado, questionou o governo sobre a atuação da embarcação no Mar Negro.

"O cruzador Mokva não atuava na operação especial na Ucrânia, não estava no elenco das unidades militares envolvidas e não entrou nas águas territoriais da Ucrânia", diz o comunicado enviado pelo próprio Dmytro ao canal russo. Sobre seu filho, a nota diz que ele "sumiu inesperadamente em alto mar e foi declarado desaparecido da unidade militar porque as buscas para localizá-lo não tiveram êxito".

Dmytro afirmou estar revoltado com a resposta. "A Snake Island não faz parte das águas territoriais ucranianas? Que abominação é enviar uma resposta dessas?", afirmou ao canal.

Antes do desaparecimento de Yegor, o pai do soldado era conhecido por elogiar o presidente Vladimir Putin e chegou a postar que a Ucrânia "não deveria existir". No entanto, desde o desaparecimento do filho, se tornou um dos poucos a criticar a guerra abertamente.

O Moskva era um importante e histórico cruzador de mísseis russo que estava em operação desde 1983. Ele estava embarcado com 16 mísseis com capacidade de ataque em até 700 quilômetros embarcados.

A embarcação foi usada na invasão da Geórgia e também na guerra da Síria. Após o incidente - que é alvo de uma guerra de versões -, os russos tentaram rebocar a estrutura para um porto, mas o Moskva acabou afundando no meio do trajeto. .

Ansa - Brasil   
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