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Estados Unidos

Presença de republicanos deve crescer no Congresso dos EUA

Eleições legislativas e estaduais americanas acontecem nesta terça-feira

4 nov 2014 - 16h20
(atualizado às 16h21)
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Chefe de seção eleitoral Deloris Reid-Smith lê juramento junto a trabalhadores antes de abertura das urnas em igreja de Charlotte. 04/11/2014
Chefe de seção eleitoral Deloris Reid-Smith lê juramento junto a trabalhadores antes de abertura das urnas em igreja de Charlotte. 04/11/2014
Foto: Chris Keane / Reuters

Os republicanos devem conseguir importantes vitórias e possivelmente recuperar o controle do Senado dos Estados Unidos nas eleições legislativas e estaduais desta terça-feira, que podem servir também como um referendo sobre o governo do presidente Barack Obama.

Milhões de norte-americanos vão às urnas para eleger 36 senadores, 36 governadores e todos os 435 membros da Câmara dos Deputados em uma campanha influenciada pelo baixo índice de aprovação de Obama, o impasse partidário em Washington e uma economia que não está crescendo o bastante para ajudar muitos cidadãos de classe média.

Os republicanos devem aumentar seu número de cadeiras no Senado, mas as pesquisas mostram que oito a 10 disputas ainda estão indefinidas e não está claro se eles vão ganhar os seis assentos que precisam para controlar a Casa pela primeira vez desde a eleição de 2006.

A batalha pelo Senado também pode se estender para além desta terça à noite. Disputas com múltiplos candidatos em Louisiana e Geórgia, onde os vencedores precisam obter mais de 50 por cento dos votos, podem precisar de um segundo turno em dezembro e janeiro, respectivamente.

Conquistar a maioria no Senado daria aos republicanos, que devem ampliar sua atual maioria na Câmara, o controle completo de ambas as Casas do Congresso.

Isso representaria a guinada política mais dramática nos EUA desde que Obama assumiu a Casa Branca em 2009, e complicaria seus dois últimos anos de mandato, talvez até o forçando a fazer mais concessões a seus adversários republicanos do que gostaria.

Estados Unidos se preparam para eleições legislativas:

A Casa Branca tentou minimizar a perspectiva de alterações profundas na estratégia do presidente após a eleição. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, sublinhou que muitas das disputas acirradas para o Senado nas quais os democratas estão em dificuldade ocorrem em Estados onde Obama perdeu para o candidato republicano, Mitt Romney, no pleito de 2012.

“Não seria sábio adotar (essa visão) como conclusão abrangente sobre o desfecho desta eleição, como se faria em uma eleição presidencial, simplesmente em função do mapa”, afirmou Earnest a repórteres.

Os senadores democratas lutam para se reeleger no Alasca, no Arkansas, na Louisiana e na Carolina do Norte, todos conquistados por Romney dois anos atrás.

O senador democrata Mark Udall também enfrenta uma batalha apertada no Colorado, um dos Estados sem preferência partidária definida, e a luta para substituir o senador democrata Tom Harkin, prestes a se aposentar, no também volúvel Iowa é uma incógnita.

Os republicanos estão penando para manter as vagas na Geórgia, onde o senador Saxby Chambliss está se aposentando, e no Kansas, onde um independente desafia o senador Pat Roberts.

O senador republicano Mitch McConnell, do Kentucky, que as pesquisas apontam ter uma ligeira vantagem sobre sua rival democrata, Allison Lundergan Grimes, substituiria o democrata Harry Reid como líder da maioria do Senado se os republicanos conquistarem a Casa e ele se mantiver no cargo.

“Obviamente, pretendemos ser uma maioria republicana responsável no governo, se o povo norte-americano nos der essa chance”, afirmou McConnell no programa televisivo ABC News na segunda-feira.

A baixa aprovação de Obama, que está em cerca de 40 por cento, fez dele um risco político em alguns Estados, e sua última aparição em campanha foi na Filadélfia, no domingo. Ele ficou em Washington na segunda-feira.

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