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Jihadistas pediram R$ 227 mi para resgate de jornalista

O diretor-geral de um dos sites para o qual Foley trabalhava confirmou a quantia nesta quinta-feira

21 ago 2014 - 14h38
(atualizado às 14h52)
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<p>Os sequestradores de James Foley queriam resgate de R$ 227 milhões, declarou esta quinta-feira o GlobalPost</p>
Os sequestradores de James Foley queriam resgate de R$ 227 milhões, declarou esta quinta-feira o GlobalPost
Foto: Reuters

Os sequestradores do jornalista americano James Foley haviam pedido um resgate de 100 milhões de euros (R$ 227 milhões), declarou esta quinta-feira o GlobalPost, um dos sites para os quais ele trabalhava.

"O diretor-geral do GlobalPost, Philip Balboni, confirmou que o primeiro resgate exigido pelos sequestradores de James Foley foi de 100 milhões de euros", declarou à AFP um porta-voz do site americano.

O jornalista trabalhava para esta página informativa quando foi sequestrado em novembro de 2012 na Síria.

Na quarta, Balboni disse ter estado em contato, assim como a família de Foley, com os jihadistas do Estado Islâmico (EI), que, segundo ele, a princípio manifestaram a intenção de negociar a libertação do jornalista.

Mas as negociações jamais avançaram e os sequestradores ficaram em silêncio até que a família recebeu uma mensagem anunciando que haviam matado Foley.

EUA abrem investigação 

O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, anunciou nesta quinta-feira que seu departamento deu início a uma "investigação penal" para apurar o assassinato do jornalista americano James Foley, decapitado por um integrante do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Em entrevista coletiva em Washington, a qual era centrada na multa milionária imposta ao Bank of America por respaldar "hipotecas lixo", o procurador-geral assegurou que "o Departamento de Justiça está trabalhando ativamente para que se faça justiça neste caso".

"Temos uma investigação penal aberta", disse Holder perante a imprensa, depois que o presidente Barack Obama prometeu fazer "o necessário para que se faça justiça" pela morte de Foley, de 40 anos e que havia sido sequestrado na Síria em novembro de 2012.

"Os que tenham cometido tais atos têm que entender algo. Este Departamento de Justiça, este Departamento de Defesa, esta nação... Temos boa memória e nosso alcance é muito amplo. Não vamos esquecer o que ocorreu, e as pessoas (envolvidas) terão que prestar contas de uma maneira ou de outra", reiterou.

O procurador-geral, que assegurou que a justiça trabalhará "intensamente" para que os culpados paguem pelo ocorrido, também ofereceu suas condolências aos amigos e familiares do jornalista.

"Foi muito sofrido ver seus pais ontem, que mostraram uma compostura que, sobre minha perspectiva, é quase incompreensível. E meu coração está com eles", disse Holder em alusão à declaração pública que os dois fizeram na quarta-feira após o anúncio da veracidade do vídeo que mostrava como seu filho era decapitado.

"Ele era um jornalista e era um símbolo do que é correto sobre os Estados Unidos", acrescentou o procurador-geral a respeito do trabalho de Foley como jornalistas em zonas de risco.

No final de junho, os EUA lançaram uma operação na Síria para libertar reféns americanos nas mãos do grupo jihadista, mas a missão não teve êxito porque não acertou sua localização, revelou ontem o Departamento de Defesa.

O governo americano não precisou quantos reféns estariam na Síria e nem se Foley estava entre eles, mas os jornais "The Washington Post" e "The New York Times", com base em fontes oficiais, asseguraram que o jornalista teria sido um dos potenciais libertados nessa missão.

No vídeo publicado na última terça-feira pelos extremistas, Foley se despede de sua família e acusa aos EUA de ser o responsável por sua execução, em referência à recente intervenção no Iraque, onde o Pentágono há duas semanas realiza ataques "seletivos" sobre posições do EI no norte do país.

Com informações da EFE e AFP.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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