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Estados Unidos

EUA: programas espiões frustraram planos terroristas em 20 países

16 jun 2013 - 00h45
(atualizado às 05h24)
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<p>Oficiais da segurança americana disseram que os programas espiões ajudaram a frustrar conspirações terroristas nos EUA e em mais de 20 países</p>
Oficiais da segurança americana disseram que os programas espiões ajudaram a frustrar conspirações terroristas nos EUA e em mais de 20 países
Foto: Reprodução

Altos funcionários da inteligência americana disseram nesse sábado que informações recolhidas por dois controversos programas de espionagem para coleta de dados conduzidos pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) frustraram potenciais conspirações terroristas nos Estados Unidos e em mais de 20 países. Além disso, as autoridades afirmaram que todos os dados e informações recolhidos são destruídos a cada cinco anos, de acordo com informações da agência AP.

No ano passado, pouco menos que 300 números foram checados no banco de dados de milhões de registros telefônicos nos Estados Unidos recolhidos diariamente pela NSA – uma prova de que os programas seriam bem menos abrangentes do que alegado, dizem os oficiais.

Não foram divulgados detalhes sobre os planos ou países envolvidos no documento liberado para o Congresso e que foi revelado publicamente pelo Comitê de Inteligência do Senado. Oficiais da inteligência disseram que estão trabalhando para desclassificar algumas conspirações que o general Keith Alexander, chefe da NSA, disse terem sido frustradas, para mostrar aos americanos a importância dos programas. Eles querem evitar, no entanto, que a divulgação do material não revele alguma característica do programa antiterrorista do governo.

Essas revelações acontecem depois de uma semana conturbada para os oficiais da inteligência americana, que testemunharam no Capitólio para defender os programas que eram até então desconhecidos da população – a descoberta ocorreu após uma série de reportagens dos jornais The Guardian e The Washington Post, utilizando como fonte um ex-colaborador da NSA, Edward Snowden.

Snowden revelou aos periódicos que a NSA e o FBI têm acesso a milhões de registros telefônicos amparados pela Lei Patriota, aprovada após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA. Posteriormente, as publicações revelaram um programa secreto conhecido como PRISM, que permite à NSA ingressar diretamente nos servidores de nove das maiores empresas de internet americanas. O analista em tecnologia, que em princípio manteve o anonimato, reivindicou a autoria do vazamento em Hong Kong, onde se encontra desde 20 de maio.

O documento divulgado diz ainda que a NSA revisa os programas a cada 90 dias por uma corte secreta, autorizada pela lei americana, e que os dados recolhidos, mostrando o horário e duração das ligações, por exemplo, só podem ser examinados se houver suspeita de conexão com terrorismo.

Os oficiais disseram que registros telefônicos ajudaram a NSA a abortar um plano da Al-Qaeda para explodir o metrô de Nova York, em 2009. Segundo esses funcionários do governo, o programa ajudou a localizar Najibullah Zazi, ligado à rede Al-Qaeda e um dos supostos idealizadores do plano.

Fonte: Terra
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