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Estados Unidos

John McCain deixa carta com supostas críticas a Trump; veja

Presidente dos EUA não irá ao funeral do senador

27 ago 2018 - 19h03
(atualizado às 19h24)
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Rick Davis, porta-voz da família de John McCain
Rick Davis, porta-voz da família de John McCain
Foto: Brian Snyder / Reuters

O senador John McCain, morto no último sábado (25) em decorrência de um câncer no cérebro, deixou uma carta de despedida para os norte-americanos, na qual afirma que a grandeza dos Estados Unidos é enfraquecida quando se confunde "patriotismo com rivalidades tribais", uma suposta crítica ao presidente Donald Trump.

"Nós enfraquecemos a nossa grandeza quando confundimos patriotismo com rivalidades tribais que semearam ressentimento, ódio e violência em todos os cantos do globo", diz um trecho da carta lida por Rick Davis, porta-voz da família do republicano, nesta segunda-feira (27).

De acordo com o texto, o enfraquecimento acontece "quando nos escondemos atrás de muros, em vez de derrubá-los, e quando duvidamos do poder dos nossos ideais, em vez de confiar neles para ser a grande força de mudança que sempre foram".

A mensagem pode ser considerada uma crítica ao magnata, que tem como um de seus principais projetos a construção de um muro na fronteira com o México. Em sua carta póstuma, McCain também disse a seus compatriotas norte-americanos para não se desesperarem com as "dificuldades atuais".

"Os americanos nunca desistem. Nós nunca nos rendemos. Nós nunca nos escondemos da história. Nós fazemos história", afirmou o senador. Além disso, ele se declarou uma das pessoas mais sortudas do mundo. "Tentei servir nosso país honradamente. Cometi erros, mas espero que meu amor pela América pese favoravelmente contra eles. Tenho observado muitas vezes que sou a pessoa mais sortuda do mundo. Assim me sinto mesmo enquanto me preparo para o fim da minha vida. Amei a minha vida, toda ela", acrescentou.

Durante a leitura da carta, Davis também ressaltou que o presidente Donald Trump não comparecerá ao funeral do senador, nem à homenagem póstuma que haverá para ele em Washington. "O presidente não estará, pelo que sabemos, no funeral. Isso é apenas um fato", disse.

Nesta segunda, Trump se manifestou sobre a morte e ordenou a baixar a meio mastro a bandeira dos Estados Unidos hasteada em todos os edifícios públicos do país. "Apesar de nossas diferenças políticas, respeito o serviço prestado pelo senador John McCain a nosso país e, em sua honra, assinei uma ordem para hastear a meio mastro a bandeira dos Estados Unidos até o dia do seu enterro", declarou o republicano em um comunicado.

O corpo de McCain será velado na assembleia Legislativa do Arizona na próxima quarta-feira (29). Dois dias depois, seguirá para o Capitólio. O vice-presidente, Mike Pence, será o representante do governo na cerimônia. O funeral ocorrerá no domingo (2), na Academia Naval em Annapolis, Maryland.

Ansa - Brasil   
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