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Eleições nos EUA

Trump volta à "Fox" após polêmica com apresentadora que mediou debate

11 ago 2015 - 13h17
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O magnata e pré-candidato republicano à presidência dos EUA Donald Trump concedeu nesta terça-feira uma entrevista à emissora "Fox" após a polêmica gerada por seus comentários sobre a apresentadora Megyn Kelly, que mediou na semana passada o primeiro grande debate televisionado para as eleições de 2016.

A polêmica não foi mencionada na entrevista e ambas as partes, tanto Trump como a "Fox", deram a sensação de que o assunto está encerrado.

"Somos amigos, Steve. Sempre fomos amigos", disse Trump ao mediador da entrevista, Steve Doocy.

Durante o fim de semana, Trump se negou a pedir desculpas pelos comentários sobre Kelly, insistiu que foi mal interpretado e garantiu que "valoriza" as mulheres.

Kelly fez perguntas incisivas a Trump durante o debate presidencial de quinta-feira, entre elas uma sobre suas declarações ofensivas em relação às mulheres. No dia seguinte, em entrevista à "CNN", o magnata criticou a dureza da jornalista, da qual "saía sangue dos olhos e de onde quer que seja", segundo ele.

Interpretado como uma insinuação de que Kelly teria sido incisiva por estar menstruada, o comentário de Trump rendeu críticas de muitos rivais pela indicação republicana e o pré-candidato foi vetado de uma reunião conservadora em Atlanta para a qual tinha sido convidado a discursar.

Além da entrevista à "Fox", Trump também conversou hoje por telefone com a "CNN", quando afirmou que sempre foi "bom com as mulheres e não haverá ninguém melhor para as mulheres como presidente".

Segundo Trump, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, um de seus rivais na disputa republicana, é quem "tem que pedir desculpas às mulheres" por comentários feitos.

Em um evento de campanha, Jeb Bush disse que não acredita que sejam necessários "US$ 500 milhões em fundos para programas de saúde da mulher".

Jeb Bush se referia à sua oposição ao financiamento público do agrupamento de planejamento familiar "Planned Parenthood", recentemente criticada por grupos contra o aborto e conservadores após a aparição de vídeos nos quais alguns de seus diretores falam sobre a venda de tecido fetal, que é legal para pesquisa sempre que não visar o lucro.

Sobre o "Planned Parenthood", Trump comentou hoje na "CNN" que é a favor de cortar o financiamento público a algumas das atividades do agrupamento, em particular à relacionada com a cobertura do aborto.

O magnata também insistiu que foi ele quem demitiu o assessor principal de sua campanha, Roger Stone, que afirma que abandonou a equipe por desacordo com os ataques de Trump à mediadora da "Fox".

Assim como no debate, Trump disse nesta terça-feira que não descarta lançar uma candidatura independente à Casa Branca caso não consiga a indicação republicana.

Apesar de todas as polêmicas, o magnata nova-iorquino segue liderando as presquisas de intenção de voto, com bastante vantagem sobre os outros 16 pré-candidatos presidenciais republicanos.

EFE   
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