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Eleitores suíços aprovam maior controle de armas e evitam embate com UE

19 mai 2019 - 11h25
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Os eleitores suíços concordaram neste domingo, por uma margem de quase dois para um, com a adoção de controles mais rígidos para armas, em linha com mudanças nas regras da União Europeia (UE), evitando assim confronto com Bruxelas.

Mulher em aula de tiro em Genebra, Suíça. 16/05/2019. REUTERS/Denis Balibouse
Mulher em aula de tiro em Genebra, Suíça. 16/05/2019. REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

A medida foi aprovada em referendo sob o sistema suíço de democracia direta por uma margem de 64% a 36%, mostraram resultados finais, mas ainda passíveis de ajustes.

As restrições --que se aplicam à Suíça porque o país faz parte de um sistema de fronteiras abertas sob o Tratado de Schengen, mesmo não sendo membro da União Europeia (UE)-- provocaram controvérsias entre os entusiastas de tiro antes da votação.

Não adotar as regras poderia ter forçado a Suíça a deixar o Tratado de Schengen e o sistema conjunto de Dublin para lidar com pedidos de refúgio.

Depois que militantes mataram dezenas de pessoas em Paris em 2015, a UE endureceu em 2017 as leis contra a compra de fuzis semiautomáticos, como os usados nesses ataques, e facilitou o rastreamento de armas em bancos de dados nacionais.

A proposta inicial da UE provocou protesto porque significou a proibição da tradição suíça de ex-soldados manterem seus fuzis de assalto.

Autoridades suíças negociaram concessões para veteranos e entusiastas de armas que participam dos inúmeros clubes de tiro do país, mas quaisquer restrições importadas da UE vão longe demais para ativistas de direita preocupados com a soberania suíça.

"Para mim, as novas obrigações ligadas à posse de armas não são tão restritivas, enquanto o risco de não se beneficiar das vantagens de Schengen é muito real", disse um funcionário de banco que se nomeou apenas como Philippe.

"Não tem nada a ver com chantagem, apenas a Suíça tem que se alinhar com um sistema do qual participa."

Defensores dos direitos às armas reclamaram que as regras poderiam desarmar os cidadãos cumpridores da lei e impactar a herança e identidade nacionais da Suíça, que inclui uma população armada.

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