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Donbass e usina de Zaporíjia são decisivos para finalizar acordo de paz na Ucrânia, diz enviado dos EUA

O general aposentado Keith Kellogg, emissário especial do presidente norte-americano Donald Trump, declarou neste domingo (7) que um acordo de paz para encerrar a guerra na Ucrânia está "muito próximo". Segundo ele, restam apenas duas questões decisivas para que as negociações avancem: o futuro da região do Donbass e o destino da usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa.

7 dez 2025 - 07h33
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Kellogg, que deve deixar o cargo em janeiro, fez a declaração durante o Reagan National Defense Forum, evento realizado na Califórnia. O militar comparou o estágio atual das negociações a uma corrida: "Estamos nos últimos dez metros, que são sempre os mais difíceis", disse.

Avdiivka, no Donbass, uma cidade em ruínas onde tropas russas e ucranianas travam um combate intenso. Imagem de 15 de fevereiro de 2024.
Avdiivka, no Donbass, uma cidade em ruínas onde tropas russas e ucranianas travam um combate intenso. Imagem de 15 de fevereiro de 2024.
Foto: REUTERS - RFE/RL/SERHII NUZHNENKO / RFI

Territórios ocupados pela Rússia

De acordo com dados oficiais, as forças russas controlam atualmente cerca de 19,2% do território ucraniano. Entre as áreas ocupadas estão:

  • A Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

  • A totalidade da província de Luhansk.

  • Cerca de 75% das regiões de Kherson e Zaporíjia.

O Donbass, região historicamente industrial e de maioria russófona, é formado principalmente pelos oblasts de Donetsk e Luhansk. Desde 2014, após a anexação da Crimeia, o local se tornou o epicentro da guerra, com grupos separatistas apoiados por Moscou enfrentando as forças de Kiev.

A usina de Zaporíjia

Outro ponto crítico é a usina nuclear de Zaporíjia, ocupada por tropas russas desde março de 2022. A instalação, responsável por uma parte significativa da energia elétrica da Ucrânia antes da guerra, preocupa a comunidade internacional devido ao risco de acidentes e à dificuldade de manutenção sob controle militar. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) mantém equipes no local para monitorar a segurança, mas já alertou para a vulnerabilidade da estrutura diante dos combates.

Negociações e contatos diplomáticos

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky afirmou no sábado ter mantido uma conversa "longa e substancial" com Steve Witkoff, enviado especial de Trump, e com Jared Kushner, genro do presidente norte-americano. O diálogo reforça a tentativa de Washington de acelerar um acordo que, segundo Trump, poderia ser alcançado em até 100 dias de governo.

O conflito mais mortal na Europa desde 1945

A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa, é considerada o conflito mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Milhares de civis e militares já perderam a vida, e milhões de pessoas foram deslocadas, provocando uma crise humanitária sem precedentes no continente.

Perspectivas

Apesar das declarações otimistas de Kellogg, especialistas alertam que a Rússia dificilmente abrirá mão de territórios conquistados, especialmente no Donbass e na Crimeia. Para Kiev, qualquer acordo que não garanta a integridade territorial plena é visto como uma derrota. Ainda assim, o avanço das conversas sinaliza uma possível mudança de cenário após quase quatro anos de guerra.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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