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Deputados aprovam projeto de lei para reabrir algumas agências em meio a paralisação nos EUA

11 jan 2019 - 16h54
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A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlada pelos democratas, aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei para restaurar o financiamento de algumas agências federais paralisadas devido a uma rixa com o presidente norte-americano, Donald Trump, sobre recursos para um muro de fronteira, à medida que 800 mil funcionários públicos, de cobradores de impostos a agentes do FBI, ficaram sem receber seu primeiro salário.

Câmara dos Deputados dos EUA
03/01/2019 REUTERS/Jonathan Ernst
Câmara dos Deputados dos EUA 03/01/2019 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

Entretanto, a retomada total das operações governamentais não parece próxima, uma vez que o líder republicano do Senado Mitch McConnell disse que não colocará o projeto de lei dos deputados para votação. Republicanos que controlam o Senado têm, até agora, apoiado Trump e insistido que qualquer projeto de lei orçamentário inclua recursos para o muro.

O projeto da Câmara dos Deputados, aprovado por 240 contra 179 votos, com apoio de apenas uma pequena parcela de republicanos, restauraria o financiamento do Departamento do Interior e da Agência de Proteção Ambiental, que têm estado sem recursos desde 22 de dezembro, em meio ao impasse sobre o proposto muro ao longo da fronteira entre os EUA e o México.

O projeto de lei prevê 35,8 bilhões de dólares em financiamento discricionário, 6 bilhões de dólares acima do orçamento pedido por Trump e 601 milhões de dólares acima do valor decretado no ano fiscal de 2018.

Enfrentando a perspectiva de passar pela mais longa paralisação do governo na história dos Estados Unidos, Trump tem dito que pode declarar uma emergência nacional para contornar o Congresso e conseguir o financiamento para o seu muro, uma das promessas centrais de sua campanha presidencial em 2016.

"Crise humanitária na nossa fronteira sul", escreveu Trump em publicação no Twitter nesta sexta-feira, um dia depois de visitar a fronteira do Texas com o México. "Acabei de voltar e é uma situação muito pior do que quase todo mundo entenderia, uma invasão."

Entrando em seu 21º dia, a paralisação parcial igualou nesta sexta-feira o recorde da paralisação mais longa da história dos EUA. Cerca de 800 mil funcionários federais não receberam seus salários que teriam sido pagos nesta sexta-feira. Alguns recorreram à venda de seus bens ou à publicação em sites de financiamento coletivo para pagar as contas.

O chefe do serviço secreto norte-americano, responsável por proteger Trump, advertiu os funcionários de que o estresse financeiro pode levar a casos de depressão ou ansiedade. "Fiquem de olho em sinais de alerta de problema", escreveu o diretor R.D. "Tex" Alles em memorando visto pela Reuters.

Durante sua campanha presidencial, Trump afirmou repetidamente que o México pagaria pelo muro, que ele diz ser necessário para conter o fluxo de imigrantes ilegais e drogas.

Mas, o governo mexicano se recusou e, agora, Trump exige que o Congresso forneça 5,7 bilhões de dólares em recursos de contribuintes para financiar o muro.

No Congresso, democratas chamam o muro de uma solução ineficaz e obsoleta para um problema complexo.

Com nenhuma concessão do Congresso à vista, Trump considerou publicamente a possibilidade de declarar uma emergência durante visita ao Texas na quinta-feira.

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