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Cientistas confirmam teoria de buracos negros supermaciços de Einstein

26 jul 2018 - 16h07
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Um grupo de cientistas de todo o mundo que observava uma estrela da Via Láctea confirmou pela primeira vez as previsões de Einstein sobre o que acontece com o movimento de uma estrela que passa perto de um buraco negro supermaciço.

Ilustração de núcleo galático ativo mostra buraco negro
12/07/2018
Cortesia DESY, Science Communication Lab/Divulgação via REUTERS
Ilustração de núcleo galático ativo mostra buraco negro 12/07/2018 Cortesia DESY, Science Communication Lab/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

A Teoria da Relatividade Geral de Einstein previu há 100 anos que o campo gravitacional extremo de um buraco negro esticaria a luz das estrelas em comprimentos de onda mais longos e que a estrela pareceria mais vermelha, um efeito conhecido como avermelhamento gravitacional.

"Esta foi a primeira vez que conseguimos testar diretamente a Teoria da Relatividade Geral de Einstein perto de um buraco negro supermaciço", disse Frank Eisenhauer, astrônomo veterano do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, aos jornalistas.

    "Na época de Einstein ele não poderia pensar ou sonhar com o que estamos mostrando hoje."

Uma equipe de cientistas do Observatório Europeu do Sul começou a monitorar a área central da Via Láctea usando o VLT (Very Large Telescope), no Chile, para observar o movimento de estrelas perto do buraco negro supermaciço 26 anos atrás.

    O buraco negro está a 26 mil anos-luz da Terra e tem uma massa 4 milhões de vezes maior que a do sol.

Os cientistas selecionaram uma estrela, a S2, para acompanhar. Com uma órbita de 16 anos, eles sabiam que ela voltaria perto do buraco negro em 2018.

Ao longo de mais de 20 anos a precisão de seus instrumentos aumentou, e em maio deste ano eles conseguiram fazer medições extremamente precisas em parceria com colegas de todo o planeta.

Isso mostrou um aumento na velocidade orbital da estrela para mais de 25 milhões de quilômetros por hora conforme se aproximava do buraco negro.

O comprimento de onda da estrela esticou conforme a estrela tentava escapar da atração gravitacional do buraco negro supermaciço, mudando sua aparência de azul para vermelho, explicou Odele Straub, do Observatório de Paris.

Os cientistas agora esperam observar outras teorias da física dos buracos negros, acrescentou.

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