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China e Camboja assinam 37 acordos para fortalecer laços contra tarifas de Trump

O presidente chinês Xi Jinping se encontrou com o primeiro-ministro do Camboja em Phnom Penh na quinta-feira (17), na etapa final de uma viagem que visa fortalecer os laços de Pequim com seus parceiros do sudeste asiático diante da ofensiva tarifária dos EUA. Os dois países assinaram 37 acordos que abrangem diversos setores.

17 abr 2025 - 14h58
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O presidente chinês Xi Jinping se encontrou com o primeiro-ministro do Camboja em Phnom Penh na quinta-feira (17), na etapa final de uma viagem que visa fortalecer os laços de Pequim com seus parceiros do sudeste asiático diante da ofensiva tarifária dos EUA. Os dois países assinaram 37 acordos que abrangem diversos setores.

O primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, (à direita) e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram 37 acordos no Palácio da Paz, em Phnom Penh, nesta quinta-feira, 17 de abril de 2025.
O primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, (à direita) e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram 37 acordos no Palácio da Paz, em Phnom Penh, nesta quinta-feira, 17 de abril de 2025.
Foto: © AFP / RFI

Xi Jinping foi ao Camboja após visitas ao Vietnã e à Malásia, em um momento em que a China tenta compensar o aumento de tarifas impostas pelo presidente Donald Trump aos parceiros comerciais dos EUA. O líder chinês se encontrou com o primeiro-ministro Hun Manet e seu pai, o ex-líder Hun Sen, de acordo com postagens feitas em suas redes sociais. 

Durante a reunião, os dois países assinaram 37 acordos que abrangem uma ampla gama de setores, incluindo recursos hídricos e educação, de acordo com o meio de comunicação pró-governo Fresh News. 

"As guerras comerciais minam o sistema comercial multilateral e perturbam a ordem econômica global", disse Xi após desembarcar no início do dia no aeroporto de Phnom Penh, onde foi recebido pelo rei Norodom Sihamoni. 

"O unilateralismo e a hegemonia não recebem apoio do povo", acrescentou o líder chinês, citado pela agência nacional de notícias chinesa Xinhua. 

De acordo com uma declaração divulgada na quinta-feira pelo Fresh News, Xi disse que a China apoia o Camboja "na escolha de um caminho de desenvolvimento que corresponda à nação, ao mesmo tempo em que salvaguarda sua soberania nacional, independência e integridade territorial". 

Amizade "infalível"  

China e Camboja estão comemorando 67 anos de relações diplomáticase 50 anos desde a tomada de Phnom Penh pelo Khmer Vermelho - então apoiado por Pequim - em 17 de abril de 1975. 

Maior parceiro comercial do Camboja, a China é o maior investidor estrangeiro do país e detém mais de um terço da dívida externa do reino, ou US$ 11 bilhões, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. 

Phnom Penh também é um dos aliados mais confiáveis de Pequim na Ásia. Hun Manet descreveu na quarta-feira a visita de Xi Jinping como uma demonstração de amizade "sólida". 

Em um vídeo divulgado na quarta-feira, ele explicou que os dois países têm "interesses comuns baseados nos princípios de respeito à soberania, igualdade e não interferência em assuntos internos", acrescentando que a China desempenhou um "papel central" no desenvolvimento socioeconômico do Camboja. 

No início de abril, Donald Trump anunciou tarifas de 49% sobre o Camboja, uma das maiores taxas que ele já impôs. O país, que tem muitas fábricas de propriedade chinesa, teve essa tarifa reduzida para 10% por um período de 90 dias. 

Hun Manet escreveu uma carta à Casa Branca para assegurar o "compromisso sincero do Camboja na negociação de uma solução mútua", que incluiria reduções de tarifas em 19 categorias de produtos americanos, segundo o Ministério do Comércio. 

Pequim, que continua sujeita a uma taxa de 145%, classificou essa medida como uma 'piada' e, em retaliação, impôs tarifas de 125% sobre produtos americanos. 

(Com AFP)

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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