PUBLICIDADE

Mundo

Chilenos recorrem a bicicletas após danos causados no transporte público durante protestos

5 dez 2019 - 15h46
(atualizado às 15h49)
Compartilhar
Exibir comentários

Os chilenos estão recorrendo cada vez mais a bicicletas para chegar ao trabalho depois de semanas de protestos que prejudicaram o sistema de metrô de Santiago, destruíram centenas de semáforos e deixaram vidro partido e destroços em ruas antes ordeiras.

Manifestantes usam bicicletas para bloquear rua em Santiago
05/12/2019 REUTERS/Pablo Sanhueza
Manifestantes usam bicicletas para bloquear rua em Santiago 05/12/2019 REUTERS/Pablo Sanhueza
Foto: Reuters

Os tumultos, os piores vistos no Chile desde que o país emergiu da ditadura em 1990, já deixaram ao menos 26 mortos e causaram mais de 1,5 bilhão de dólares de prejuízos às empresas, devastando a economia.

Embora os protestos tenham diminuído nas últimas semanas, os danos a ruas, praças e o metrô permanecem. O tráfego se complica com frequência em cruzamentos do centro que estão sem semáforos e onde os motoristas têm que se virar sozinhos.

O ciclismo surgiu como uma solução óbvia, diz Tomas Echiburu, pesquisador do Centro de Desenvolvimento Urbano da Universidade Católica do Chile.

"Antes da crise.... 450 ciclistas por hora passavam por aqui no horário de pico do trânsito interurbano", contou. "Imediatamente após a crise, essa quantidade dobrou para 900 por hora."

Agora as bicicletas são mais numerosas do que os carros nos cruzamentos no horário de pico, e ciclistas com roupas brilhantes de elastano e capacetes fluorescentes são vistos em disparada em ciclofaixas ladeadas de árvores em boa parte do setor comercial.

"Desde que a crise começou, as ruas se encheram deles (ciclistas)", disse Ana Guzman, de 60 anos, enquanto pedalava até o centro de saúde local em que trabalha. "Antes você podia andar em paz, mas agora está tudo congestionado."

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade