Como funciona a cadeira elétrica, aonde ainda é usada, como funciona, surgimento e executados mais famosos Cadeira Elétrica O que é A cadeira elétrica mata por meio da eletrocução. O condenado é imobilizado nela e sofre uma serie de tensões elétricas. Sua estrutura é feita de madeira. O chão em torno do assento é revestido de borracha para que as cargas não se espalhem de forma difusa. O equipamento foi criado por uma comissão estadual de Nova York encarregada de encontrar um método mais humano de execução do que o enforcamento. Seus defensores diziam que era o primeiro método científico de matar. Corroboravam a tese defendendo que a morte acontecia de maneira rápida, limpa e indolor. Surgimento Inventada em 1881, a cadeira elétrica passou a ser usada como instrumento para aplicar pena de morte em 1890. Seu criador foi o dentista nova-iorquino Alfred P. Southwick. Após testemunhar que um homem embriagado havia tocado um gerador elétrico e não tinha morrido imediatamente, Southwick concluiu que a eletricidade poderia ser usada como uma alternativa ao enforcamento. Como o dentista estava acostumado a realizar procedimentos em pessoas sentadas em cadeiras, o objeto foi incorporado no processo de eletrocussão. O inventor Thomas Edison também fez parte da comissão criada em Nova York para estudar a melhor forma de aplicar a pena de morte. Foi Edison quem convenceu Elbridge Gerry - principal membro da comissão - de que a cadeira elétrica era o método mais eficaz de execução. Aplicação Em 1889, entrou em vigor a primeira lei que permitia o uso da cadeira. Já na década de 1990, ela começou a ser substituída pela injeção letal, método largamente usado hoje nos Estados Unidos. O último detento executado em cadeira elétrica foi o americano Robert Gleason Jr., que optou por morrer dessa forma, em janeiro de 2013, no estado da Virgínia. Como funciona Um eletrodo é colocado dentro de um capacete de metal que é ajustado na cabeça do condenado. É por esse eletrodo que a corrente entra pelo corpo. O segundo eletrodo é fixado na perna, assim o circuito se fecha, com o corpo funcionando como condutor entre eles. Entre os dispositivos e a perna do detento, é colocada uma esponja embebida em água e sal para que a corrente elétrica seja conduzida de forma eficaz e para evitar que o corpo queime. O capacete de metal é revestido de lã para evitar que o metal entre em contato com a pele e a queime. A cabeça do condenado é coberta por um capuz para evitar que as testemunhas vejam os efeitos do choque e a contração dos músculos do rosto. Não é comum haver sangramento de olhos, ouvidos e narinas. Cintas de couro ou de náilon são colocadas no detento para que peito, pulsos e tornozelos fiquem imobilizados, uma vez que o corpo chacoalha violentamente durante a execução. Como o corpo reage Como os choques são de diferentes voltagens e aplicados de forma simultânea, a morte acontece por um conjunto de fatores. Os choques de maior voltagem comprometem o sistema nervoso central, causando perda de consciência, enquanto que os de menor voltagem (120 volts) causam parada cardíaca. Os órgãos internos, como pulmões, estômago e intestino, são totalmente comprometidos com o calor da corrente elétrica. Executados famosos William Kemmler Primeiro executado, em 6 de agosto de 1890 Martha M. Place Primeira mulher executada, em 20 de março de 1899 Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti Imigrantes e sindicalistas italianos, foram acusados de matar a tiros um guarda e um contador. Foram executados no dia 23 de agosto de 1927 Bruno Hauptmann Acusado de ter sequestrado o filho de Charles Lindbergh - primeira pessoa a atravessar o Atlântico em um avião -, morreu no dia 3 de abril de 1936 Albert Fish Ficou conhecido por ter matado e comido ao menos 5 crianças. Foi eletrocutado em 16 de janeiro de 1936 Ted Bundy Estuprador e assassino em série, tirou a vida de dezenas de mulheres durante os anos 1970. Executado em 24 de janeiro de 1989 Robert Gleason Jr O mais recente executado, em 16 de janeiro de 2013 Onde é usada? Alabama, Arkansas, Florida, Kentucky, Oklahoma, Carolina do Sul, Tennessee e Virgínia autorizam a execução por eletrocussão como método alternativo, ou seja, a morte por choque só é usada caso o prisioneiro solicite. De janeiro de 2001 a 10 de fevereiro de 2014, 683 execuções foram realizadas por eletrocussão. Fonte: Death Penalty Worldwide mais especiais de notícias