Biden diz que nomeará "1ª mulher negra" para Suprema Corte
Biden explicou que ainda não tem um nome para indicar, mas que deverá apresentar uma proposta para o Senado americano ainda no próximo mês
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou nesta quinta-feira (27) que vai nomear, pela primeira vez na história, uma mulher afro-americana para a Suprema Corte do país.
O democrata afirmou que pretende anunciar o nome que ocupará o assento de Stephen Breyer, que anunciou formalmente sua aposentadoria em uma carta a Biden, até o final de fevereiro.
"A pessoa que vou nomear terá qualificações, uma personalidade, uma experiência e uma integridade extraordinárias. E será a primeira mulher negra nomeada para a Suprema Corte", disse o presidente em um pronunciamento, ressaltando que também consultará os republicanos.
Biden explicou que ainda não tem um nome para indicar, mas que deverá apresentar uma proposta para o Senado americano ainda no próximo mês. Durante campanha eleitoral, Biden prometeu colocar uma mulher negra na mais alta corte do país, o que seria um primeiro lugar histórico.
Em seu discurso, o líder americano elogiou Breyer e o classificou como "um farol de sabedoria e um modelo para o funcionário público".
O magistrado da Suprema Corte dos EUA, nomeado em 1994 pelo então presidente Bill Clinton, irá se aposentar após 20 anos como juiz constitucional. Com 83 anos de idade, ele é um dos três representantes de orientação liberal da mais alta corte americana - que tem maioria conservadora.
Breyer já afirmou que continuará no cargo até o fim do atual mandato, que deve ocorrer no final de junho, mas que poderá esperar enquanto sua sucessora não for escolhida.
"Esse é um dia agridoce para mim, eu conheço Breyer há muitos anos", disse Biden. "Estou aqui para expressar a gratidão de toda a nação por seu serviço".
Apesar de Biden ainda não ter nenhuma indicação para ocupar o cargo, a imprensa americana já está especulando alguns nomes como possíveis sucessores, incluindo Ketanji Brown Jackson, juíza do tribunal federal de apelações de Washington; e Leondra Kruger, juíza da Suprema Corte da Califórnia.