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Ásia

Policiais e manifestantes voltam a se enfrentar em Hong Kong

Militantes ocuparam um túnel e uma avenida e foram repelidos com gás lacrimogêneo e gás pimenta

14 out 2014 - 20h52
(atualizado às 20h53)
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<p>Um manifestante pró-democracia deposita tijolos dentro de um túnel para bloquear o tráfego que conduz ao distrito financeiro central, perto da sede do governo em Hong Kong, em 14 de outubro </p>
Um manifestante pró-democracia deposita tijolos dentro de um túnel para bloquear o tráfego que conduz ao distrito financeiro central, perto da sede do governo em Hong Kong, em 14 de outubro
Foto: Tyrone Siu / Reuters

Os manifestantes pró-democracia enfrentaram a polícia nesta terça-feira, em Hong Kong, quando as forças de segurança tentaram expulsar as pessoas que ocupavam um túnel e uma grande avenida da região administrativa.

Várias pessoas foram presas, constatou um jornalista da AFP no local.

Dezenas de policiais do Batalhão de Choque cercaram cerca de 100 ativistas reunidos na entrada de um túnel, segundo imagens transmitidas por uma emissora de televisão.

De acordo com o jornal South China Morning Post, alguns manifestantes foram agredidos. Testemunhas relataram à AFP que a polícia usou gás lacrimogêneo e gás pimenta na operação.

Jornalistas também foram alvo da força policial. Um deles, Daniel Cheng, repórter de um portal digital, foi liberado com cortes e contusões, após comprovar sua identidade.

Os militantes disseram que decidiram ocupar essa área depois de terem sido retirados de outra importante via por policiais.

"O governo se recusa a falar com a gente, então, vamos continuar ocupando as ruas até que tenhamos um verdadeiro diálogo", declarou Jeff Wong, de 30 anos.

Quando a polícia se retirava, os manifestantes começaram a colocar barreiras metálicas na entrada do túnel, bloqueando o tráfego.

<p>Manifestantes pró-democracia construem uma barricada perto da sede do governo, em Hong Kong</p>
Manifestantes pró-democracia construem uma barricada perto da sede do governo, em Hong Kong
Foto: Carlos Barria / Reuters

Os manifestantes desafiam a tutela chinesa e exigem liberdade para escolher livremente o próximo chefe do Executivo de Hong Kong nas eleições de 2017. Pequim se opõe à reivindicação, temendo um efeito dominó em outros territórios conflituosos.

O bloqueio de ruas e avenidas importantes transformou em caos a rotina neste território semiautônomo, no extremo-sul da China.

No início, a agora chamada "Revolução dos Guarda-chuvas, deflagrada em 28 de setembro, contava com a simpatia da população. Com os contínuos engarrafamentos e com o fechamento de lojas e escolas, o movimento começou a perder apoio.

Nos últimos dias, multiplicaram-se os confrontos entre manifestantes e indivíduos que seriam da máfia chinesa. Estes estariam agindo com o incentivo das autoridades do governo central de Pequim. Diante disso, os atos estão perdendo intensidade.

Na segunda-feira, a polícia começou a desmontar as principais barreiras no bairro de Admiralty. Embora os manifestantes tenham tentado reerguê-las nesta terça, os carros já haviam tomado o lugar dos guarda-chuvas na avenida Queensway.

Os manifestantes não apresentaram resistência à polícia.

<p>Um estudante desafia a polícia dentro de um túnel bloqueado em Hong Kong</p>
Um estudante desafia a polícia dentro de um túnel bloqueado em Hong Kong
Foto: Reuters

"Vamos embora, porque não temos meios para resistir. Mas não abandonaremos nossa luta", prometeu uma jovem, aos prantos.

Uma pesquisa publicada nesta terça-feira pela Universidade de Hong Kong mostrou que o índice de popularidade do chefe do Executivo local, Leung Chun-ying, caiu 2,6% desde o final de setembro, chegando a 40,6%. Esse é o segundo percentual mais baixo de aprovação desde que chegou ao poder, em 2012.

"O movimento Occupy não se renderá, enquanto Leung não nos oferecer uma solução", garantiu Alex Chow, um dos líderes do protesto que também reivindica a renúncia de Chun-ying.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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