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América Latina

Policial venezuelano sobrevoa sede do Supremo e pede renúncia de Maduro

27 jun 2017 - 23h00
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Um inspetor da polícia científica da Venezuela, identificado como Oscar Pérez, sobrevoou na tarde desta terça-feira a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em Caracas com um helicóptero do órgão, levando uma mensagem que pedia a liberdade do país, e, mais tarde, divulgou um vídeo no qual exige a denúncia do presidente Nicolás Maduro.

Maduro respondeu à gravação indicando que Pérez lançou granadas, que acabaram não explodindo, contra a sede do TSJ e indicou que a ação do policial foi um "ataque terrorista armado" contra as instituições venezuelanas.

O agente do Corpo de Pesquisa Científica (CICPC) foi fotografado a bordo da aeronave com um pequeno cartaz escrito "350 Liberdade", em referência ao artigo da Constituição que determina "desconhecer qualquer regime que contrarie as garantias democráticas".

Enquanto sobrevoava a sede do TSJ, Pérez divulgou no Instagram um vídeo no qual lia, acompanhado de outros agentes encapuzados, um pedido para que os venezuelanos fossem a cada base militar do país.

"Somos uma coalizão de funcionários militares, policiais e civis na busca do equilíbrio e contra esse governo transitório criminoso. Não pertencemos nem temos tendências político-partidárias. Somos nacionalistas, patriotas e institucionalistas", leu o inspetor.

O agente pediu que Maduro e seus ministros renunciem imediatamente aos cargos e a convocação de eleições gerais.

"É dever dos funcionários de segurança do Estado desarticular grupos paramilitares. Esse combate é contra a impunidade imposta por este governo, contra a tirania e contra a morte de jovens que lutam pelos seus direitos", indicou Pérez no vídeo.

No momento em que o helicóptero sobrevoou a sede do TSJ, foram ouvidas algumas detonações, segundo testemunhos de moradores da região publicados nas redes sociais.

Maduro afirmou que "forças especiais" já foram enviadas para localizar o helicóptero e os responsáveis por esse "ataque terrorista". Segundo o presidente, as primeiras informações indicam que o agente do CICPC era piloto do ex-ministro Miguel Rodríguez Torres, que tem se manifestado contra o governo.

O presidente culpou o partido de oposição Primeiro Justiça de adotar um "caminho de violência" e acusou os principais líderes da legenda de comandarem "todos os fatos violentos" conhecidos.

Além disso, Maduro disse que espera que a Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal aliança de oposição, se pronuncie sobre o fato e que o Ministério Público, agora crítico ao governo, tome medidas sobre o assunto.

A sede do TSJ foi cercada por policiais depois do suposto ataque denunciado por Maduro.

EFE   
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