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América Latina

Pesquisa: aprovação de Kirchner cai após morte de Nisman

A imagem positiva da presidente perdeu quatro pontos entre dezembro e janeiro e ficou em 29,1%, enquanto a negativa superou os 50%, com aumento de 11 pontos

25 jan 2015 - 16h35
(atualizado às 18h52)
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O escândalo político provocado na Argentina pela morte do promotor Alberto Nisman prejudicou a imagem da presidente Cristina Kirchner, segundo as últimas pesquisas. Elas ainda revelam que os argentinos também não aprovam a reação da oposição.

Kirchner fraturou o tornozelo e teve de cancelar sua viagem ao Brasil; vice a substituirá
Kirchner fraturou o tornozelo e teve de cancelar sua viagem ao Brasil; vice a substituirá
Foto: Jessica Rinaldi / Reuters

A imagem positiva da presidente perdeu quatro pontos percentuais entre dezembro e janeiro e ficou em 29,1%, enquanto a negativa superou os 50%, com um aumento de 11 pontos. O levantamento foi publicado neste domingo pelo jornal "Perfil".

Feito pelas empresas de consultoria González y Valladares e iSurveyX, ele revela também que os entrevistados não aprovam a reação da oposição no caso Nisman. Mais de 57% considera que a oposição agiu mal ou regular após a morte do promotor, encontrado com um tiro na cabeça no banheiro de casa na noite do último domingo, horas antes de comparecer perante o Congresso para dar detalhes da denúncia que apresentou contra a presidente por suposto encobrimento de terroristas.

Outra pesquisa divulgada esta semana revelou que 70% dos argentinos acreditam que Nisman foi assassinado e 82% deles consideram "crível" sua denúncia contra Cristina. Apenas para 8% dos entrevistados é "muito provável" encontrar os culpados pela morte do promotor. Em contrapartida, 65% não acreditam que os envolvidos serão descobertos.

Alberto Nisman denunciou Cristina argumentando que o memorando de entendimento com o Irã aprovado em janeiro de 2013 incluía um encobrimento dos suspeitos pelo atentado contra a mutual judia Amia - que deixou 85 mortos em 1994 - em troca de impulsionar as relações comerciais e a troca de petróleo por grãos em um contexto de crise energética na Argentina.

Após sua morte, o Executivo levantou a teoria de suicídio, mas a presidente promoveu uma reviravolta e denunciou que se trata de uma conspiração para desestabilizar o governo.

A investigação, que avança a passos lentos, confirmou que a bala que matou a Nisman foi disparada a menos de um centímetro com a pistola sobre a têmpora.

EFE   
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