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América Latina

Chile registra quase 60 réplicas após forte terremoto

27 fev 2010 - 18h04
(atualizado às 18h22)
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O Chile já registrou 58 réplicas do forte terremoto desta madrugada, algumas delas superiores a 6 graus na escala Richter, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, em inglês).

Homem se desespera abraçado ao filho, após terremoto em Concepcion
Homem se desespera abraçado ao filho, após terremoto em Concepcion
Foto: AP

A maioria dos sismos teve epicentro em Bío-Bío, Maule e Valparaíso, e seis deles foram de 6 ou mais graus de magnitude. O forte terremoto aconteceu hoje às 3h36 (na hora local e em Brasília) com epicentro na região de Bío-Bío, a 500 km de Santiago e a 90 km da capital regional, Concepción.

O sismo chegou a ser sentido em alguns bairros de São Paulo e teve 8,8 graus de magnitude na escala Richter, segundo o USGS. Foi gerado um tsunami no Oceano Pacífico que chegará ainda hoje ao Havaí, como informou a Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos (NOAA, na sigla em inglês). A NOAA emitiu ainda um alerta de tsunami para uma ampla área do Pacífico, já retirado em muitos países pelas autoridades locais.

Tragédia no Chile
Mais de 140 pessoas morreram morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

EFE   
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