PUBLICIDADE

Mundo

Altos dirigentes líbios abandonam presidente Kadafi

22 fev 2011 - 12h52
(atualizado às 13h58)
Compartilhar

Altos dirigentes líbios, ministros, diplomatas e militares renunciaram ou desertaram do regime do general Muamar Kadafi para expressar sua oposição à violenta repressão contra os manifestantes contrários ao poder.

Governo

O ministro da Justiça, Mustafah Abdel Jalil, demitiu-se para "protestar contra o uso excessivo da força" contra os manifestantes, informou na segunda-feira o jornal líbio Quryna.

Liga Árabe

O representante permanente da Líbia na Liga Árabe há mais de uma década, Abdel Moneim al Honi, anunciou sua demissão para unir-se à "revolução e protestar contra os atos de repressão e violência".

Nações Unidas Membros da equipe diplomática líbia, encabeçados pelo embaixador adjunto da Líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, pediram ao exército líbio que derrube Muamar Kadhafi, um "tirano" e "genocida".

Militares

Dois caças líbios pousaram na segunda-feira no aeroporto de Valletta (Malta). Os dois pilotos afirmam ter desertado depois de receber ordens de disparar contra os manifestantes em Benghazi.

Embaixadas

O embaixador da Líbia nos Estados Unidos, Ali Aujali, anunciou nesta terça-feira que se nega a servir a um "regime ditadorial", pedindo abertamente a renúncia do líder Muamar Kadhafi, em entrevista à rede americana ABC.

Na Índia

O embaixador Ali Isawi declarou à BBC que havia se demitido por não concordar com a violência "massiva" e "inaceitável" contra a população civil em seu país. Também acusou o regimem de Kadhafi de "recorrer a mercenários estrangeiros".

Em Dacca

O secretário de Estado de Relações Exteriores de Bangladesh informou ter recebido uma nota da embaixada da Líbia, informando sobre a demissão do embaixador Ahmed A. H. Elimam.

Na Austrália

A embaixada líbia rompeu relações com o regime, segundo o jornal The Australian. "Representamos o povo líbio, mas não representamos mais o regime líbio", declarou o adido cultural Omran Zwed.

Na Malásia

o embaixador condenou o "massacre" de civis e retirou seu apoio ao chefe de Estado. "Já não somos leais a ele (Kadhafi), somos leais ao povo líbio", declarou à AFP o embaixador Bubaker al Mansori. Cerca de 200 líbios protestaram diante da embaixada líbia no país asiático.

- Na China, um diplomata pediu demissão e disse que todo o corpo diplomático líbio deveria fazer o mesmo, segundo a Al-Jazeera.

No Marrocos

Um diplomata que trabalhava no serviço de imprensa da embaixada em Rabat entregou o cargo para protestar contra "o extermínio diário do povo" líbio.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade