Motorista de Porsche que causou morte é transferido de presídio
A decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acata o pedido da defesa de Sastre, que alegou que o empresário não estava seguro no presídio onde se encontrava
Fernando Sastre Filho, o motorista do Porsche, que matou o trabalhador de aplicativo Ornaldo da Silva Viana após colidir com a traseira de seu carro, foi transferido para a Penitenciária 2 de Tremembé (P2). A instituição é conhecida como "presídio dos famosos", pois abriga criminosos cujos atos tiveram grande repercussão na mídia. O ex-jogador Robinho, acusado de estupro, está lá.
A decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acata o pedido da defesa de Sastre, que alegou que o empresário não estava seguro no presídio onde se encontrava e já havia recebido ameaças externas. Apesar de aceitar a medida, o STJ negou o habeas corpus do acusado.
Fernando é réu nos casos de homicídio por dolo eventual (por ter assumido o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (feriu o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha). O empresário enfrenta até 20 anos de prisão.
Motorista de Porsche saindo algemado da delegacia e dentro do camburão da viatura
Fernando Sastre Filho aguarda vaga num presídio para cumprir a prisão preventiva.
via G1 pic.twitter.com/9KbMaACHG3
— Julio (@ojuliob) May 7, 2024
Família de Ornaldo pede indenização ao motorista do Porsche
A família do motorista de aplicativo entrou com uma ação na Justiça para cobrar o pagamento de R$ 5 milhões de indenização por danos. Além desse valor que deve ser pago à família de Ornaldo, os advogados pedem que o Sastre pague prestações alimentares à esposa da vítima e a sua filha adolescente que moram em Guarulhos.
"O promotor de Justiça Fernando Bolque manifestou-se a favor da concessão de liminar para que o condutor do Porsche envolvido em colisão no dia 31 de março em São Paulo seja obrigado a pagar pensão provisória de três salários mínimos a familiares do motorista de aplicativo morto com o choque entre os automóveis", informou o Ministério Público de São Paulo (MPSP).
