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Milei derruba regra que impedia nepotismo e indica irmã a cargo

Javier Milei assinou um decreto que derruba outro de 2018 e que impedia parentes de membros eleitos de servirem na máquina pública

11 dez 2023 - 14h16
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Os irmãos Javier e Karina Milei.
Os irmãos Javier e Karina Milei.
Foto: Reprodução/Perfil Argentina / Perfil Brasil

O novo presidente da Argentina, Javier Milei, assinou um decreto que derruba um anterior que impedia parentes de membros eleitos de servirem na máquina pública. O decreto, de 2018, era assinado pelo então ex-presidente Mauricio Macri. Esse foi um dos 13 decretos assinados no primeiro dia do cargo.

A medida permitiu que Milei indicasse a irmã, Karina, como primeira-dama e secretária-geral do governo. A primeira-dama da Argentina é responsável por atividades sociais e, por vezes, diplomáticas. Como secretária-geral, Karina ajudará o presidente em políticas públicas, preparação de comunicados, participação em tarefas cerimoniais e protocolares, além de gestão das relações com o público, segundo a imprensa argentina.

Os demais decretos trataram da reorganização dos ministérios. Milei reduziu de 18 para 9 o número de pastas do governo argentino e deu posse aos ministros da Casa Civil, do Interior, das Relações Exteriores, da Defesa, da Economia, da Segurança, da Saúde, da Justiça, Infraestrutura e Capital Humano.

Casa Civil

Nicolás Posseo foi nomeado chefe da pasta da Casa Civil. O novo presidente da Argentina atribuiu ao cargo não somente a responsabilidade pela gestão dos demais ministérios, mas também a função de gerenciar as empresas estatais.

Na descrição do cargo, Milei colocou Posse como responsável por "intervir nos planos de ação e orçamentos das empresas do Estado, das entidades autônomas, das organizações descentralizadas ou desconcentradas e das contas e fundos especiais, qualquer que seja a sua denominação, bem como na sua intervenção, liquidação, encerramento, privatização, fusão, dissolução ou centralização".

O decreto de posse prevê a responsabilidade do ministro da Economia para gerir as empresas estatais, porém, com a orientação do Chefe da Casa Civil. Ou seja, Luis Caputo, atual ministro da Economia, pode executar as ordens dadas por Posse, mas não emiti-las.

Perfil Brasil
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