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PF faz operação em vara de Curitiba que cuidou da Lava Jato

Toffoli determinou policiais tenham acesso aos processos citados nas acusações feitas pelo empresário e ex-deputado Tony Garcia

3 dez 2025 - 12h36
(atualizado às 13h22)
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Resumo
A Polícia Federal realizou uma operação na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, antiga sede da Lava Jato, por ordem do ministro Dias Toffoli, como parte de uma investigação envolvendo acusações de abusos cometidos por Sergio Moro e delações de empresários ligados a esquemas de corrupção.
Sede da Justiça Federal no Paraná, em Curitiba.
Sede da Justiça Federal no Paraná, em Curitiba.
Foto: Divulgação/JFPR / Estadão

A 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba (PR), berço da Lava Jato, é alvo de uma operação de busca e apreensão nesta quarta-feira, 3. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli e é realizada pela Polícia Federal. 

Essa é a segunda operação na unidade neste ano. A primeira foi em outubro, também autorizada por Toffoli. O magistrado determinou que o diretor de secretaria da vara concedesse acesso aos processos citados nas acusações feitas pelo empresário e ex-deputado Tony Garcia, que denunciou supostos abusos do ex-juiz Sérgio Moro.

Nas ações, estão envolvidos os doleiros Dario Messer, Claudio Fernando Barbosa de Souza e Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala. Messer é tido como ‘doleiro dos doleiros’ e foi alvo da Operação ‘Câmbio, desligo’, um braço da Lava Jato no Rio de Janeiro, deflagrada em 2018, resultado da delação de ‘Juca Bala’.

A operação era contra um ‘grandioso esquema’ que movimentou recursos ilícitos no Brasil e no exterior por meio de operações dólar-cabo, entregas de dinheiro em espécie, pagamentos de boletos e compra e venda de cheques de comércio. 

Hoje senador, Sergio Moro (União-PR) ganhou notoriedade como juiz da operação Lava Jato
Hoje senador, Sergio Moro (União-PR) ganhou notoriedade como juiz da operação Lava Jato
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado / Estadão

Em nota, o senador Sergio Moro declarou que não teve acesso ao inquérito, ‘instaurado com base em um relato fantasioso de Tony Garcia’, segundo o senador. ‘Não houve qualquer irregularidade no processo de quase 20 anos atrás que levou à condenação de Tony Garcia por ter se apropriado de recursos de consorciados do Consórcio Garibaldi. Como o próprio PGR afirmou, não há causa para competência do STF no inquérito, já que não há sob investigação ato praticado por Sergio Moro na condição de senador ou ministro’, afirmou a defesa do ex-juiz. 

Ao Terra, o Tribunal Federal do Paraná afirmou que os procedimentos estão com sigilo decretado pelo STF e não pode se manifestar. 

‘Infiltrado de Moro’

O empresário Garcia alega que o então juiz Sergio Moro o teria coagido a fazer gravações ilegais contra autoridades, fazendo-o agir como “infiltrado” do magistrado desde o caso Banestado – esquema de corrupção ocorrido no Banco do Estado do Paraná –, que acabou no final de 2004, até a Lava Jato, que finalizada em 2021.

Ele teve uma delação premiada fechada com o Ministério Público Federal e homologada por Moro. Os depoimentos levaram à prisão do ex-governador Beto Richa, na Operação Radio Patrulha. Garcia alegou ter ‘trabalhado’ por mais de dois anos como ‘colaborador infiltrado no meio político e empresarial por força de um acordo de colaboração premiada’.

Os processos ligados ao empresário que tramitavam na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba foram suspensos por Toffoli em 2023, e enviados ao gabinete do ministro. Já em janeiro de 2024, foi determinada a abertura de uma investigação para apurar se Moro cometeu abusos no acordo de colaboração premiada firmado com Garcia. 

Na época, Moro afirmou que desconhecia a decisão e afirmou que “não houve qualquer irregularidade no processo de quase vinte anos atrás”.

A primeira delação do empresário ocorreu na esteira de uma investigação sobre fraudes do Consórcio Garibaldi, antes da Lava Jato. O empresário alega que foi usado pelo magistrado para investigar juízes, desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em casos que não tinham relação com o processo. 

Além desses casos, Toffoli analisa todos os processos envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran, que também fez acusações contra Moro e o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. Duran, ex-operador de propinas da Odebrecht, acusa os dois de suposta ligação com um esquema de extorsão. (**Com informações do Estadão)

Fonte: Portal Terra
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