Relembre o caso Ubiratan

6

"A VOZ DO MORTO"

Um ano depois do assassinato de Ubiratan, a defesa de Cepollina disse que pretendia levar à Justiça uma gravação da secretária eletrônica do coronel, registrada na noite em que ele foi morto, para provar a tese de que outras pessoas sabiam do crime - inclusive o suposto assassino. A voz, no entanto, era do jornalista gaúcho Alessando Reis, na época plantonista do Terra, que buscava informações sobre a morte de Ubiratan.

O telefone da casa do coronel tocou várias vezes até cair na caixa postal. Surpreso ao ouvir a voz de Ubiratan na gravação, o jornalista comentou com um colega de redação, com sotaque típico do Rio Grande do Sul: "bah, é a voz do morto". No horário da chamada, 2h28 da segunda-feira, a informação da morte do militar já era pública. A defesa de Cepollina, no entanto, alegava que a gravação era das 21h15 de domingo, portanto, antes de o corpo ser encontrado. Segundo a polícia, neste horário foi registrada outra ligação, não identificada.

AFP
Defesa de Cepollina pretendia usar uma gravação na secretária eletrônica de Ubiratan para inocentar a cliente

Terra