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Guilherme Mazieiro

50% das queimadas estão na Amazônia e fumaça encobre cidades pelo país

Presidente do Ibama disse à coluna que ar circula devagar, saindo da Amazônia para o Sul; sob críticas, Lula cumpre agendas na Amazônia.

10 set 2024 - 13h12
(atualizado às 15h00)
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Vista do céu de São Paulo poluído por fumaça oriunda de incêndios florestais. A cidade registrou a pior qualidade do ar do mundo por dois dias seguidos
Vista do céu de São Paulo poluído por fumaça oriunda de incêndios florestais. A cidade registrou a pior qualidade do ar do mundo por dois dias seguidos
Foto: Daniel Teixeira/Estadão / Estadão

A nuvem de fumaça que encobre quase todo território do país é reflexo das queimadas espalhadas pelo território brasileiro. Segundo informações do presidente do  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, nesta terça, 10, a maior parte dos focos de incêndio está concentrado na Amazônia, 50%. Os demais pontos se dividem em 30% no Cerrado  e 20% no resto do país.

“Como estamos com uma grande área de alta pressão, o ar está circulando bem devagar vindo da Amazônia para o Sul do país levando a fumaça para grandes cidades”, disse Agostinho à coluna.

O presidente Lula (PT) foi ao Amazonas no final da terda desta segunda, 9, para uma série de agendas em municípios do estado com objetivo de minimizar críticas e melhorar o combate às queimadas. Está previsto nesta terça, 10, o anúncio de medidas contra a estiagem que atinge a região, responsável por secar rios, isolando cerca de 400 comunidades.

Queimadas

Apesar de quase não ter nuvens sobre o País, as pessoas não estão conseguindo ver o céu azul em muitos estados brasileiros. Conforme a Climatempo informou nesta segunda, 9, nos próximos dias, a fumaça deve atingir o Uruguai e também a Argentina, misturando-se com as queimadas que já estão acontecendo por lá.

Inclusive, segundo a empresa de meteorologia, o centro-norte da Argentina também está com bastante fumaça. Por lá, a fumaça vinda do Brasil acaba se misturando com as queimadas que também estão acontecendo devido ao tempo seco e quente, acrescenta.

Pelo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) citado pela Climatempo, do dia 1º de janeiro até 7 de setembro deste ano, foram identificados 156.023 focos de fogo no Brasil. É a maior quantidade de focos em 14 anos, para este período, desde 2010, quando foram detectados 163.408 focos.

*com Estadão Conteúdo

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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