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Governo tunisiano decreta estado de exceção em todo país

14 jan 2011 - 15h39
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O Governo tunisiano anunciou nesta sexta-feira que decretou estado de exceção em todo o país com toque de recolher das 17h até as 6h no horário local (14h às 3h de Brasília) com a proibição de toda concentração de pessoas nas vias públicas.

Segundo comunicado do Governo divulgado pela agência oficial "TAP", "a Polícia e o Exército estão autorizados a disparar em qualquer pessoa suspeita que não tenha obedecido às ordens".

"Fica proibido que mais de três pessoas se concentrem na via pública", indica o comunicado.

O toque de recolher já tinha sido decretado na Tunísia na noite de quarta para quinta-feira, mas depois foi suspenso na capital.

Estas novas medidas se produzem pouco depois que o presidente do país, Zine El Abidine Ben Ali, anunciou a destituição do Governo e a convocação de eleições legislativas antecipadas em 6 meses.

Pouco antes, a Polícia lançou gás lacrimogêneo contra uma concentração de mais de 8 mil pessoas diante do Ministério do Interior, que pediam a saída de Ben Ali do poder.

A dissolução da manifestação deu origem a enfrentamentos violentos entre grupos de manifestantes e forças policiais em diversos bairros da capital.

Testemunhas disseram à Agência Efe que uma clínica foi incendiada na capital e que vários comércios e locais públicos foram destruídos.

Em outras regiões do país, também foram registrados enfrentamentos violentos entre manifestantes e as forças policiais.

Em algumas áreas houve diversos distúrbios que deixaram dezenas de carros queimados e estabelecimentos comerciais saqueados.

Em seu discurso na noite de quinta-feira na televisão estatal, o presidente disse se sentir "muito aflito pela violência" que o país vive e afirmou que "já decidiu que é preciso parar os disparos" contra os manifestantes.

Fontes hospitalares declararam nesta sexta-feira à Efe que pelo menos 13 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas na noite desta quinta-feira em enfrentamentos na capital tunisiana após o discurso de Ben Ali.

EFE   
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