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Governo precisa ter 'sintonia melhor', diz Doria sobre interferência de Bolsonaro no diesel

'Se estamos num governo liberal, temos que praticar o liberalismo', disse o governador de São Paulo à Rádio Eldorado; ouça

15 abr 2019 - 10h26
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda, 15, que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) precisa de uma "sintonia melhor" em assuntos como a interferência do presidente no preço do diesel. Na semana passada, Bolsonaro determinou a suspensão do reajuste de 5,7% anunciado um dia antes pela Petrobras e colocou o ministro da Economia, Paulo Guedes, em uma saia justa. Guedes sugeriu que não foi consultado.

"Posso pular essa pergunta?", disse Doria em tom de brincadeira à Rádio Eldorado ao ser perguntado sobre o assunto. "É preciso ter uma sintonia melhor em temas como este. Se estamos num governo liberal, temos que praticar o liberalismo. A Petrobras é uma instituição sob controle acionarário do governo, mas tem ações do mercado".

A empresa pública perdeu R$ 32,4 bi em valor de mercado com adiamento de reajuste. "Entendo que o presidente não queira criar uma situação como uma nova greve de caminhoneiros. É preciso não surpreender membros do governo, a Petrobrás e a população", disse Doria.

O governador disse que ainda é cedo para fazer uma avaliação completa da gestão Bolsonaro, mas diz torcer por um bom governo. "O governo tem 104 dias. Vamos darum pouco de calma e oxigênio para o governo construir bons resultados, fazer ajustes. Algumas atitudes não bem ajustadas ou anunciadas podem ser corrigidas. O bom senso vai prevalecer. Torço pelo bem. Será bom para o Brasil. A instabilidade só pode ser boa para a oposição. Temos que fazer críticas, mas de forma saudável. Não combater. Isso não é patriótico."

Doria disse ver os governadores dos Estados dispostos a apoiar medidas do governo. "Não estabelecemos alinhamento simples e direto com o governo. Houve uma aproximação em torno de causas e propostas, como a reforma da Previdência. Os governadores também apoiarão (a revisão do) pacto federativo, a renegociação das dívidas (dos Estados com a União), a reforma tributária. Temos um apoio a causas que foram boas para o Brasil."

Estadão
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