Negociação entre FSM e Davos não avança
Segunda, 04 de fevereiro de 2002, 18h07
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Interlocutor do FSM falou por oito minutos
com Nova York (Foto: Divulgação/Terra)
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A teleconferência entre o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e o Fórum Econômico Mundial, em Nova York, ocorreu na tarde de hoje por escassos oito minutos. Este ano, o debate foi mediado por uma rede de televisão suíça. Cândido Grzibowsky, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), representou o FSM, e o diretor geral do Fórum Econômico, André Schneider, o Fórum Econômico, foram os interlocutores.O representante do Fórum Social indicou que não houve avanço nas negociações entre as duas visões de mundo. O FSM é anti-Davos, sede tradicional do Fóurm Econômico, identificado com o modelo de economia neoliberal e com os países mais ricos. Mas, como a iniciativa é do Fórum Social, o interlocutor em Porto Alegre foi taxativo: "Este ano Nova York, Davos, que deve olhar para nós". O debate foi em francês e transmitido pela Televisão Suíça Romande, que colocou a entrevista simultânea numa revista econômica. O brasileiro, um dos organizadores do fórum, questionou "a legitimidade dos que se dizem representantes do Sul no Fórum Econômico Mundial". Grzibowsky criticou que são "pessoas que às vezes nem sequer foram eleitas. Uma elite global que tem dinheiro, e que não tem compromissos com seu povo". O interlocutor do FSM considerou o diálogo "um bom começo", apesar de qualificar Schneider como "extremamente cauteloso". Em 2001, o encontro dos dois mundos de debates ocorreu por mais tempo. O megainvestidor Goerge Sroos foi o maior alvo de Porto Alegre. A líder argentina das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, chamou Soros de monstro. O megainvestiodr reagiu: "Estou sorrindo porque é a única coisa que posso fazer. Estou querendo ter um diálogo com vocês, mas vocês, não". Leia mais:
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Redação Terra
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