Stédile faz suspense sobre protestos de agricultores

Quinta, 31 de janeiro de 2002, 22h03

O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, fez suspense hoje em Porto Alegre sobre a mobilização e possibilidade de protestos de trabalhadores rurais e camponeses durante o 2º Fórum Social Mundial (FSM). Stédile disse que os protestos, se ocorrerem, são "surpresa". No dia 4 de fevereiro, está prevista a Marcha contra a Alca, com saída durante a tarde do Parque Farroupilha, a tradicional Redenção.Os movimentos ligados a agricultores e camponeses de todo o mundo focam este ano a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). "Não criamos fatos para chamar a atenção da Imprensa e sim motivar o povo", preveniu o líder do MST. No ano passado, Stédile organizou e protagonizou, com a participação do ativista francês José Bové, a invasão e destruição de uma lavoura experimental de soja transgênica no interior gaúcho. A Via Campesina, que reúne as organizações do setor no mundo, decidiu que fará no Brasil um plebiscito para saber se a população brasileira aprova a Alca. A consulta deve ser em setembro. Em Porto Alegre, Stédile adianta que serão discutidas formas de luta, nas quais devem ser definidas mais ocupações de terra e ações contra os transgênicos num futuro bem próximo. Leia mais: » Sem-terra alertam para "veneno transgênico" » Bové diz que combate contra transgênicos vai continuar » Bové diz que polícia o elegeu "personagem de Porto Alegre"
Patrícia Comunello/Redação Terra
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