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Sem-terra alertam para "veneno transgênico"

Quinta, 31 de janeiro de 2002, 17h35


A organização Via Campesina, que agrupa camponeses sem-terra de cerca de cem países, fez um apelo hoje pela defesa das sementes naturais e alertou sobre o "veneno" que representam os cultivos transgênicos à humanidade.

Via Campesina é uma das 5 mil organizações que participam do Fórum Social Mundial, que teve início hoje, quinta-feira, em Porto Alegre, destinado a ser uma alternativa ao Fórum Econômico que este ano é realizado em Nova York.

O hondurenho Rafael Alegría, dirigente da Via Campesina em seu país, destacou que muitos dos participantes do Fórum Social, estimados em cerca de 50 mil, são renomados intelectuais ou jovens que lutam por um ideal, mas afirmou que os camponeses sem-terra são "as verdadeiras vítimas do sistema". "Somos nós que padecemos as conseqüências do horror neoliberal", declarou o líder camponês em uma entrevista coletiva.

Segundo Alegría, o Fórum Social "não pode se distrair com debates estéreis e deve servir para propôr alternativas reais e concretas sobre reforma agrária, transgênicos, soberania alimentícia e comércio internacional".

A chilena Francisca Rodríguez afirmou que "a maior ameaça" para os camponeses e o resto da sociedade civil são atualmente os cultivos transgênicos. "São uma ameaça para a saúde do consumidor e uma ameaça para a economia do campo", disse.

Segundo a camponesa chilena, que participa do Fórum Econômico, em Nova York, é preciso "entender que é necessário alimentar os povos e não alimentar-se dos povos, como sempre fizeram". Rodríguez disse que os cultivos transgênicos, além de "nocivos" para a saúde, estão deixando na miséria os camponeses que "nunca tiveram nada". "É um tremendo golpe contra a humanidade", insistiu.

Rosalva Gutiérrez, do Belize, disse na mesma coletiva de imprensa que os presidentes e banqueiros reunidos no Fórum Econômico "são os que decidiram aplicar a pesquisa genética a serviço das grandes empresas".

Além dos camponeses sem-terra, pequenos produtores agrícolas vindos de cerca de 150 países também participam do fórum de Porto Alegre. Só a Via Campesina mobilizou 2 mil camponeses de diversas nacionalidades.

Assuntos como a reforma agrária, a soberania alimentícia, o comércio agrícola internacional e outros relacionados com o campo ocupam lugar destacado nas 150 conferências que terão lugar em Porto Alegre durante o Fórum Social.

EFE

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