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RJ: vereadores protocolam ação contra ex-secretário de Paes

6 ago 2014 - 15h39
(atualizado às 15h56)
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Vereadores do Rio do Janeiro protocolam representação no MPF contra Bethlem nesta quarta-feira (foto)
Vereadores do Rio do Janeiro protocolam representação no MPF contra Bethlem nesta quarta-feira (foto)
Foto: Divulgação

Oito vereadores de oposição ao governo Eduardo Paes (PMDB) protocolaram nesta quarta-feira uma representação junto ao Ministério Público Federal, no Rio, para que o órgão investigue as denúncias envolvendo o deputado federal e ex-secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura do Rio Rodrigo Bethlem (PMDB).

A representação, endereçada ao procurador geral Rodrigo Janot, busca pressionar a Justiça a agir, uma vez que a tentativa de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pode não obter sucesso. Até agora, nove dos 16 parlamentares necessários assinaram o pedido de abertura da CPI.

A representação, protocolada no início da tarde, fala em “suposto desvio de recursos públicos no âmbito de convênios celebrados pelo Município quando este (Bethlem) ocupava o cargo de secretário Municipal de Assistência Social”.

Os vereadores citam, no documento, duas reportagens divulgadas pela revista Época. Numa delas, gravações feitas pela ex-mulher de Betlhem, Vanessa Felippe, apontam que o ex-secretário recebia verba extra mensal de cerca de R$ 65 mil, frutos de convênios firmados com o município e a Casa Espírita Tesloo.

Os parlamentares também pedem investigação sobre doadores de campanha de Bethlem, quando ele disputou uma vaga de deputado federal, em 2010, e sobre uma suposta conta na Suíça, não informada à Justiça Eleitoral. “O MPF tem obrigação legal de investigar e tem instrumentos para isso. A CPI é uma questão política. Se a Câmara não cumprir seu papel, pelo menos podemos, com essa representação, contribuir e partilhar os documentos que obtivemos”, afirmou o vereador Jefferson Moura (Psol), que esteve na sede do MPF para a entrega do documento com outros vereadores.

Os legisladores ainda estão trabalhando para tentar reunir as assinaturas necessárias e instalar a CPI. O clima, no entanto, segundo eles, é tenso pois há uma forte manobra em contrário. Segundo Moura, a ideia é fazer um trabalho de convencimento, por exemplo, junto a vereadores do PRB – ligados ao senador e candidato a governador Marcelo Crivella – e alguns outros tidos como independentes.

A intenção é também pressionar parlamentares governistas que assinaram requerimento, na semana passada, pedindo que a prefeitura informe a Câmara de todos os resultados da investigação aberta pelo próprio governo. Segundo o grupo, o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), que pediu licença do cargo nestas terça e quarta-feira também será acionado. O parlamentar é pai da ex-mulher de Bethlem, Vanessa Felippe.

Entre os vereadores contrários à CPI, a alegação é de que já existe esta auditoria em curso no município, o que seria suficiente para esclarecer os fatos. Eles também alegam que a Casa não pode instalar nova comissão de inquérito, já que outra, instalada ano passado para investigar empresas de ônibus do Rio, está sendo questionada na Justiça pelos próprios vereadores de oposição. Na época, os parlamentares acusaram a formação da CPI de “chapa branca” por ter fundamentalmente representantes do governo.

Fonte: Especial para Terra
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