Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Nunes rejeita apoio de Marçal no 2º turno das eleições em SP: 'No meu palanque, não'

Atual prefeito de São Paulo reconheceu que precisa dos votos do ex-coach para conseguir a reeleição

7 out 2024 - 19h35
(atualizado às 22h39)
Compartilhar
Exibir comentários
Nunes diz que ‘precisa dos eleitores’ de Marçal e que está em ‘batalha contra a extrema esquerda’:

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) enfatizou, nesta segunda-feira, 7, que não pretende contar com o apoio de Pablo Marçal (PRTB) no segundo turno da eleição 2024.  Em coletiva à imprensa durante seu primeiro evento de campanha após o primeiro turno do pleito, Nunes afirmou que não irá procurar o ex-coach e que tampouco aceitará seu apoio. 

 "Não vou procurar [Marçal]. Se for procurado, eu vou dizer a ele que espero que tenha aprendido com os erros, que ele possa fazer uma boa reflexão de tudo aquilo que cometeu, que ele siga o caminho dele e eu o meu", disse o atual prefeito aos jornalistas. 

Ao ser questionado se Marçal estaria em seu palanque, Nunes rapidamente descartou a possibilidade. "Não vai. No meu palanque não", afirmou enfaticamente.

Ricardo Nunes (MDB) faz primeiro evento partidário após o primeiro turno das eleições 2024
Ricardo Nunes (MDB) faz primeiro evento partidário após o primeiro turno das eleições 2024
Foto: RUBENS SUZUKI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Nunes, no entanto, reconheceu a importância do apoio dos eleitores de Marçal e citou que algumas das propostas do ex-coach já foram colocadas em prática na cidade. "Eu preciso que os eleitores do Pablo Marçal entendam que estamos em uma batalha contra extrema-esquerda. É um eleitor de direita. O meu campo representa o centro e a direita. As questões que o Marçal fala, como curso profissionalizante e de educação financeira, são coisas que já estamos fazendo", explicou.

Eleitorado feminino e críticas a Boulos

No salão do edifício Joelma, no centro de São Paulo, o emedebista realizou evento apenas às mulheres, já mirando o eleitorado feminino, que corresponde a 54% dos eleitores da capital, um dia após o pleito, na tarde desta segunda-feira.

O clima era de festa. Enquanto Nunes não chegava, a música alta abafava o som das conversas. O jingle Nunestar, que usa o hit Gangnam Style, sucesso em 2012 do sul-coreano Psy, era, sem dúvida, a música que mais animava o público presente.

Ciente do acirramento da disputa, Nunes deixou claro que o segundo turno "não vai ser fácil". "Vamos precisar de oração e persistência", disse.

Ele também já deu indícios sobre o tom da campanha contra Boulos, candidato que ele definiu como de "extrema esquerda" e "inexperiente". "A cidade agora vai definir o seu futuro entre a experiência e a inexperiência. Eu fui presidente de entidades, empresário, vereador...Ele [Boulos] não tem experiência em fazer gestão", afirmou.

Sobre o uso, na campanha de Boulos, do boletim de ocorrência por violência doméstica, em 2011, aberto por Regina Carnovale, esposa de Nunes, contra ele,  o prefeito chamou o ataque de "discurso de ódio' e considerou a estratégia como um exemplo de "jogo sujo"

"Não é atoa que a rejeição dele é muito alta, porque esse tipo de comportamento é um jogo muito sujo. Como ele não tem proposta e tem esse histórico de agressividade, de invasão, de inexperiência, ele quer jogar uma cortina de fumaça", avaliou.

'Palminhas' de Marçal e apoio do Novo 

A candidata do Novo, Marina Helena, compareceu ao evento e reiterou o apoio à reeleição de Nunes. 

“A gente precisa garantir que o Boulos não vai chegar lá”, afirmou Marina, que também desejou que o atual prefeito tenha um segundo mandato de excelência, caso seja eleito. Além disso, ela se colocou à disposição para ajudar o candidato no que for preciso, para que ele supere Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno, que acontece no dia 27.

“É um grande prazer. E, como mãe lactante, peço um grande favor: cuide das nossas crianças”, finalizou Marina, em meio a aplausos da plateia. Ela, inclusive, levou a filha para o evento.

Durante o evento, Nunes também anunciou o apoio do ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB) neste segundo turno das eleições municipais.

Marina Helena ao lado da vereadora Cris Monteiro (Novo). A menina é a filha da Marina.
Marina Helena ao lado da vereadora Cris Monteiro (Novo). A menina é a filha da Marina.
Foto: Juliana Cruz/Terra

Mais cedo nesta segunda, Nunes também revelou que foi parabenizado por Marçal após ser classificado para o segundo turno das eleições. Nunes encontrou um emoji de "palminhas" entre as mais de 3 mil mensagens que recebeu no WhatsApp depois do resultado do pleito de ontem.

Dando risada da situação, o prefeito mostrou ao vivo a interação de Marçal com ele, em entrevista ao programa UOL News. "Eu estou com 3.818 mensagens. E a do Marçal ficou perdida aí no meio. Tem uma palminha aqui, sim. Tem, tem uma palminha aqui", mostrou Nunes, afirmando que não tinha visto antes a mensagem.

O prefeito disse ainda que não teve tempo de responder ninguém, mas pretende fazer isso em breve. "Sou uma pessoa educada. Vou responder, sim", disse, especificamente sobre o até então adversário Pablo Marçal.

Nunes, Boulos e Marçal
Nunes, Boulos e Marçal
Foto: Estadão

Primeiro turno mais acirrado da história em SP

Ricardo Nunes, Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal protagonizaram o primeiro turno mais acirrado da eleição municipal de São Paulo desde a redemocratização, em 1985. O ex-coach e terceiro colocado, por exemplo, ficou de fora do segundo turno por 56.854 votos. 

A quantidade de votos, superior ao número total de eleitores de muitas cidades do interior do Brasil, representa 0,93 ponto percentual do maior colégio eleitoral do Brasil --pontuação que deixou Marçal, com 28,14% (1.719.274 votos), atrás de Boulos, 2º colocado com 29,07% (1.776.127 votos).

Entre Nunes e Boulos, que disputam o segundo turno, a diferença foi ainda menor. O atual prefeito teve 29,48% (1.801.139 votos) contra 29,07% (1.776.127 votos) do psolista, 0,41 ponto percentual (25.012 votos).

A diferença entre Nunes e Marçal, primeiro e terceiro colocados no pleito de 2024, também foi a menor desde 1985, 1,34% dos votos válidos (81.865 votos). Em conversa com a imprensa após o resultado do primeiro turno, o ex-coach disse que pode apoiar Nunes, mas com algumas condições.

"Vai depender do que ele falar sobre as propostas. Ele pegou muito pesado com a minha pessoa, foi muito injusto comigo [...] Tomara que o Ricardo leve em consideração algumas das nossas propostas, porque afinal de contas o eleitorado ele é exatamente o tamanho do meu eleitorado aqui em São Paulo, então, espero que ele leve em consideração", disse.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade