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Mourão diz considerar filiação a PP ou Republicanos

O vice-presidente falou na semana passada que concorrerá ao Senado pelo Rio Grande do Sul nas eleições deste ano

14 fev 2022 - 11h30
(atualizado às 12h23)
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Vice-presidente Hamilton Mourão em Brasília
16/09/2020 REUTERS/Adriano Machado
Vice-presidente Hamilton Mourão em Brasília 16/09/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Depois de anunciar que concorrerá ao Senado pelo Rio Grande do Sul nas eleições deste ano, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) confirmou que considera migrar para o Partido Progressistas (PP) ou o Republicanos. "A notícia chegará no momento certo", disse Mourão, em frente ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 14.

Ao ser questionado, na semana passada, se estaria decidido a disputar uma vaga no Senado pelo RS, o general confirmou. "Isso, é por aí. Agora é só decisão de partido", afirmou. Hoje, Mourão disse que vai transferir seu domicílio eleitoral para o Estado gaúcho até o fim de fevereiro.

"São os partidos que estão na nossa base. PP, Republicanos, são os da base", respondeu o vice-presidente ao ser questionado sobre as negociações para sua mudança de legenda. Assim como na última sexta-feira, 11, quando anunciou a candidatura ao Senado, Mourão usava hoje uma máscara com a bandeira do RS.

Na semana passada, o vice-presidente também disse que a composição com o candidato ao governo gaúcho está em aberto. "Tem dois pré-candidatos do nosso campo. Onyx e Heinze. Vamos aguardar para ver o que vai sair disso aí", declarou.

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, pretende concorrer ao Palácio Piratini pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. O senador Luiz Carlos Heinze, filiado ao PP e apoiador do presidente, também avalia entrar na disputa.

Esquerda

No Estado, partidos de esquerda estudam lançar uma candidatura única. A ideia é reproduzir a aliança que pode ser formada nacionalmente com uma eventual federação partidária entre PT, PSB, PCdoB e PV. Os petistas lançaram a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto, mas os socialistas tentam emplacar o ex-deputado federal Beto Albuquerque.

A federação cria uma "fusão temporária" entre as legendas que precisa durar pelo menos quatro anos, desde as eleições até o fim do mandato seguinte, o que pressupõe candidatura única a cargos majoritários como o de governador. Se a aliança for fechada, portanto, um dos dois precisa abrir mão de concorrer ao Piratini.

O atual governador, Eduardo Leite, por sua vez, vinha dizendo desde a campanha eleitoral de 2018, quando se elegeu, que não concorreria à reeleição. Neste fim de semana, contudo, diante da pressão de aliados no PSDB estadual, evitou descartar essa possibilidade pela primeira vez. Leite perdeu as prévias nacionais do partido, que consagraram o governador de São Paulo, João Doria, como o pré-candidato tucano à Presidência.

O governador do RS também recebeu convite para se filiar ao PSD com o objetivo de disputar o Palácio do Planalto pelo partido de Gilberto Kassab, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desista de concorrer. Kassab, porém, também tem mantido diálogo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não descarta uma eventual aliança com os petistas já no primeiro turno da eleição.

Estadão
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