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Ataques à gestão de Beto Richa marcam debate para o governo do Paraná

Oposicionistas tiveram embates diretos com Cida Borghetti, que era vice de Richa, e o deputado Ratinho Junior

17 ago 2018 - 02h00
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Apesar de não constar entre os postulantes ao governo do Paraná nas eleições 2018, o ex-governador e candidato ao Senado pelo Estado Beto Richa (PSDB) foi um dos mais citados no debate promovido pela TV Band nesta quinta-feira, 16, em Curitiba. Dr. Rosinha (PT), Professor Piva (PSOL) e João Arruda (MDB) tiveram embates diretos com a governadora Cida Borghetti (PP), que era vice de Richa, e o deputado estadual Ratinho Junior (PSD), que fez parte do secretariado do tucano.

Eles atacaram as políticas implantadas pela gestão tucana principalmente na área fiscal. Os oposicionistas lembraram episódios como o de 29 de abril de 2015, em que houve um confronto entre servidores do Estado e policiais que acabou com mais de 200 feridos na votação pela Assembleia Legislativa de um dos pontos do reajuste fiscal do governo Richa.

Cida foi questionada por ter vetado um projeto de recomposição inflacionária do salário dos servidores em 2018. Nesta segunda-feira, 13, deputados derrubam o veto da governadora. "Tenho responsabilidade com os habitantes do Paraná, com a gestão pública e tenho que cuidar das finanças do Estado", justificou, ressaltando que reabriu a discussão com servidores para recomposição dos subsídios, que tinha previsão de congelamento até 2019.

Ratinho também gastou boa parte do seu tempo no debate para se defender dos ataques. Ele afirmou que não acompanhou as decisões que trataram do ajuste fiscal. Em um dos blocos, o ex-secretário chegou a ter um pedido de direito de resposta negado. Ele queria rebater acusações do candidato do MDB de supostamente ter favorecido empresas na gestão do transporte da região metropolitana de Curitiba enquanto era secretário.

João Arruda também teve que explicar sua ligação com o governo Michel Temer. Ele foi confrontado pelos candidatos Professor Piva e Dr. Rosinha por ter votado favoravelmente ao projeto da reforma trabalhista e por ter se colocado contra a investigação sobre o emedebista. "A reforma trabalhista teve avanços importantes. [...] Não faço parte do governo (federal), faço parte do MDB do Paraná", rebateu o parlamentar, pedindo que os adversários focassem as perguntas sobre o Estado do Paraná.

Para fugir do embate direto e tentar abordar suas propostas, Ratinho, que foi o menos requisitado a responder perguntas pelos demais candidatos, e Cida direcionaram a maior parte dos seus questionamentos a Ogier Buchi (PSL), que se manteve "neutro" durante o programa.

Assim, Buchi foi um dos que mais respondeu perguntas dos demais candidatos. Ele quase não participou do programa na Band porque seu partido, por orientação do presidenciável Jair Bolsonaro, não registrou sua candidatura na Justiça Eleitoral. Mas Buchi se cadastrou isoladamente como postulante ao governo e conseguiu, com uma liminar da Justiça liberada uma hora antes do debate, garantir sua participação no programa.

"A executiva regional do partido recebeu um pedido da executiva nacional para não registrar minha candidatura. Não discuto a decisão nacional, sou fiel ao meu partido, mas manterei minha candidatura enquanto a Justiça determinar que ela é possível", declarou na chegada à Band.

Estadão
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