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Rio: professores da rede municipal decidem seguir em greve

A categoria é contra o plano de carreira aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado esta semana pelo prefeito Eduardo Paes

4 out 2013 - 14h26
(atualizado às 14h26)
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<p>Bombeiro apaga um dos vários focos de incêndio promovido pelos manifestantes durante protesto na terça-feira</p>
Bombeiro apaga um dos vários focos de incêndio promovido pelos manifestantes durante protesto na terça-feira
Foto: André Naddeo / Terra

Em assembleia nesta sexta-feira, os professores da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram continuar em greve por tempo indeterminado. A categoria é contra o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), aprovado na terça-feira pela Câmara de Vereadores e sancionado um dia depois pelo prefeito Eduardo Paes.

Segundo o Sindicato dos Professores (Sepe), 5 mil professores participaram da assembleia, no Clube Municipal, na Tijuca. No começo da tarde, o grupo de manifestantes seguia em passeata até a prefeitura do Rio. A greve dos servidores da educação foi iniciada em agosto.

Vereadores da oposição entraram com uma ação na Justiça na quarta-feira para anular a aprovação e sanção do plano de carreira. Entre os argumentos utilizados pelos parlamentares estão a insegurança para os manifestantes que estavam do lado de fora da Câmara e a não presença da categoria nas galerias do Palácio Pedro Ernesto durante a votação.

Usando cassetetes, gás lacrimogêneo e balas de borracha , a PM reprimiu o protesto dos professores nas imediações da Câmara de Vereadores e impediu que a população entrasse no local para acompanhar a votação. Manifestantes integrantes do black blocs se infiltraram no protesto, causando depredações e confrontos ainda mais violentos com a polícia. Pelo menos 16 pessoas foram detidas, segundo a PM.

Plano de carreira

Enviado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara de Vereadores no dia 17 de setembro o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações prevê mudanças na remuneração e nos cargos dos professores, o que provocou uma série de protestos e a ocupação da Câmara de Vereadores no fim de semana. Veja as principais polêmicas em torno das propostas.

O que prevê a proposta da prefeitura do Rio O que diz o sindicato dos professores
Reajuste de 8% para professores em 2013, além dos 6,75% já concedidos este ano; A categoria diz que o reajuste não é suficiente e que as propostas beneficiam menos de 10% dos professores;
Equiparação do valor recebido por hora de aula para os professores de nível I (6º ao 9º ano do ensino fundamental) e II (1º ao 5º ano), incluindo os inativos. Hoje um professor do nível I ganha mais que o do nível II. A equiparação proposta será feita ao longo de cinco anos; O Sepe diz que a equiparação dos professores de nível I e II acaba extinguindo essas carreiras e cria a função de um professor polivalente para o ensino fundamental (que dará aula para todas as matérias);
Os professores com carga horária menor, ou com diferentes matrículas, poderão optar por uma jornada de 40 horas semanais. Segundo a prefeitura, mesmo com a migração será possível manter outra matrícula na rede; O sindicato sustenta que o professor terá de se demitir de uma das matrículas para assumir a jornada de 40 horas e que quem não migrar para o novo modelo terá seus benefícios reduzidos;
O objetivo da jornada de 40 horas, segundo a prefeitura, é ampliar é aumentar o número de escolas de tempo integral, que vão oferecer um total de nove horas de aula por dia; A categoria argumenta que o horário integral não está sendo ampliado e que as escolas não tem estrutura para receber os alunos o dia inteiro;
A prefeitura argumenta que discutiu o plano em diversas reuniões com a categoria e que não vai retirar o regime de urgência da proposta. também pede que a prefeitura retire o regime de urgência do projeto encaminhado à Câmara para que as propostas possam ser melhor discutidas.
 

 

Fonte: Terra
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