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PM lança bombas de gás após tumulto com professores no centro do Rio

Professores em greve protestam contra plano de cargos e remuneração apresentado pelo prefeito Eduardo Paes. Ruas do centro foram bloqueadas

1 out 2013 - 14h33
(atualizado às 15h20)
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Cerca de 700 policiais militares fecharam as ruas do entorno da Câmara Municipal, no centro do Rio de Janeiro, para garantir a votação do Plano de Cargos e Salários dos professores da rede municipal, que ocorrerá na tarde desta terça-feira. Por volta das 14h, duas bombas de efeito moral foram lançadas contra os manifestantes.

O princípio de confronto ocorreu quando policiais do Batalhão de Choque tentavam prender um manifestante mascarado. Após lançar as bombas, a PM foi vaiada pelos professores, que gritavam " au, au, cachorrinho do Cabral", em referência ao governador do Rio, Sérgio Cabral.

Grades de dois metros de altura e um cordão de isolamento formado por policiais impede, o tráfego de carros e a passagem de pedestres. O comércio na Cinelândia está fechado por causa do bloqueio das ruas. As ruas Evaristo da Veiga, Senador Dantas e Alcindo Guanabara foram bloqueadas para impedir que manifestantes tentem entrar no Palácio Pedro Ernesto.

Segundo a coordenadora do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação, Susana Gutierrez, a informação que os professores têm é que não poderão assistir à votação.

A Câmara dos Vereadores informou que, mesmo com o cerco policial, a Casa funciona normalmente e que a sessão para a votação do Plano de Cargos e Salários dos professores municipais após as 14h.

O Centro de Operações Rio informou que nenhuma rua do centro apresenta grandes engarrafamentos por causa dos bloqueios de ruas na Cinelândia.

Plano de cargos

Enviado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara de Vereadores no dia 17 de setembro o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações prevê mudanças na remuneração e nos cargos dos professores, o que provocou uma série de protestos e a ocupação da Câmara de Vereadores no fim de semana. Veja as principais polêmicas em torno das propostas.

O que prevê a proposta da prefeitura do Rio O que diz o sindicato dos professores
Reajuste de 8% para professores em 2013, além dos 6,75% já concedidos este ano; A categoria diz que o reajuste não é suficiente e que as propostas beneficiam menos de 10% dos professores;
Equiparação do valor recebido por hora de aula para os professores de nível I (6º ao 9º ano do ensino fundamental) e II (1º ao 5º ano), incluindo os inativos. Hoje um professor do nível I ganha mais que o do nível II. A equiparação proposta será feita ao longo de cinco anos; O Sepe diz que a equiparação dos professores de nível I e II acaba extinguindo essas carreiras e cria a função de um professor polivalente para o ensino fundamental (que dará aula para todas as matérias);
Os professores com carga horária menor, ou com diferentes matrículas, poderão optar por uma jornada de 40 horas semanais. Segundo a prefeitura, mesmo com a migração será possível manter outra matrícula na rede; O sindicato sustenta que o professor terá de se demitir de uma das matrículas para assumir a jornada de 40 horas e que quem não migrar para o novo modelo terá seus benefícios reduzidos;
O objetivo da jornada de 40 horas, segundo a prefeitura, é ampliar é aumentar o número de escolas de tempo integral, que vão oferecer um total de nove horas de aula por dia; A categoria argumenta que o horário integral não está sendo ampliado e que as escolas não tem estrutura para receber os alunos o dia inteiro;
A prefeitura argumenta que discutiu o plano em diversas reuniões com a categoria e que não vai retirar o regime de urgência da proposta. também pede que a prefeitura retire o regime de urgência do projeto encaminhado à Câmara para que as propostas possam ser melhor discutidas.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
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