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Em escolas públicas, média é de um computador para cada 10 alunos, diz pesquisa

De acordo com um levantamento feito pelo Ceptro, a maioria das instituições possuem internet, mas faltam equipamentos

24 mai 2024 - 17h28
(atualizado às 17h53)
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Resumo
89% das escolas públicas têm acesso à internet, porém, só 11% possui velocidade de conexão adequada e 29% contam com equipamentos, que somam-se a problemas regionais de cobertura.
De acordo com um levantamento feito pelo Ceptro, a maioria das instituições possuem internet, mas faltam equipamentos
De acordo com um levantamento feito pelo Ceptro, a maioria das instituições possuem internet, mas faltam equipamentos
Foto: Reprodução/Getty Images

A grande maioria das escolas públicas possuem internet, mas o que falta são equipamentos, segundo um levantamento feito pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações (Ceptro.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). De acordo com os dados, divulgados nesta quinta-feira, 23, a média é de apenas uma máquina para cada 10 estudantes

Segundo o 'Panorama da qualidade da Internet nas escolas públicas brasileiras', atualmente, 89% das escolas públicas têm acesso à internet, porém, só 62% utilizam a ferramenta para tarefas relacionadas à aprendizagem. Além disso, somente 11% das instituições possuem a velocidade de conexão considerada adequada. 

Quando o recorte é rede municipal, 29% dos professores utilizam materiais didáticos online e ambientes virtuais de aprendizagem com os alunos. O número se torna menor ainda quando comparado à rede privada, que chega a 63%. 

Cerca de 79% dos professores da rede pública relataram à pesquisa TIC Educação 2022 estar lidando com um número insuficiente de equipamentos para os alunos, o que dificulta o uso das tecnologias digitais nas escolas. Em porcentagem, apenas 29% têm computadores, notebooks ou tablets

Desigualdade por regiões

Os pesquisadores também perceberam desigualdades por regiões. No Norte e no Nordeste, a cobertura e qualidade de conexão são menores, mas algumas de suas áreas, especialmente as capitais e grandes regiões metropolitanas, têm qualidade comparável àquelas de outras regiões brasileiras. 

Já, em relação ao Sul, Sudeste e Centro-Oeste demonstram maior "universalização" da cobertura de Internet: quase todas as escolas estão conectadas desde 2022.

De acordo com Paulo Kuester Neto, supervisor de projetos do NIC.br, as tecnologias atreladas à educação têm poder de ampliar desigualdades quando não tratadas como um direito.

"A análise que fizemos apontou discrepâncias de condições de acesso a recursos digitais pedagógicos em diferentes cenários. O desafio de ampliar o uso de tecnologia em sala de aula não se restringe a garantir conexão, mas em oferecer Internet de qualidade e dispositivos suficientes aos estudantes", disse. 

Para chegar nos resultados, os especialistas cruzaram dados de pesquisas da NIC.br e do Censo Escolar da Educação Básica 2023. 

Fonte: Redação Terra
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