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Análise: é preciso não deixar nenhum estudante para trás

Relatório da OCDE demonstra que, no ensino remoto, a aprendizagem é muito menor e isso pune crianças, adolescentes e jovens mais vulneráveis

9 set 2020 - 05h10
(atualizado às 06h18)
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O relatório Education at a Glance 2020 joga luz ao que já é sabido desde antes da pandemia do novo coronavírus: a suspensão das aulas presenciais aprofunda as desigualdades educacionais, sociais e econômicas. No documento, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) demonstra que, no ensino remoto, a aprendizagem é muito menor e isso pune crianças, adolescentes e jovens mais vulneráveis, que têm menos acesso e menos condições de estudo.

Esses impactos na educação geram reflexos em curto e médio prazo na economia brasileira, e a recuperação de uma queda prevista no Produto Interno Bruto (PIB) depende, para além da crise atual, do desenvolvimento de um plano de ação focado nos estudantes, com uma avaliação diagnóstica de seu processo de ensino-aprendizagem.

Para que consigamos avançar, devemos colocar a educação no cerne da ideia de desenvolvimento do País, com mais tecnologia, acessibilidade, capacitação dos professores e disposição para que caminhemos em direção a um ensino mais contemporâneo e comprometido com a melhoria da aprendizagem, sem deixar nenhum estudante para trás.

*Ricardo Henriques é superintendente-executivo do Instituto Unibanco

Estadão
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