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DINO

Muito além dos 5 milhões: quem são os brasileiros que comemoram o Dia Mundial do Veganismo?

1 nov 2017 - 11h46
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"Como foi possível que alguns indivíduos diferentes, espalhados por todo o país experienciassem, simultaneamente, essa nova e revolucionária visão de um futuro mais saudável? E como eles sabiam instintivamente o que fazer, quando não houve mais ninguém antes deles?", disse em seu site pessoal Louise Wallis, ex-presidente da Vegan Society e criadora da data, saudando seus antecessores.

Foto: DINO

Em 23 anos de existência dessa comemoração, muita coisa mudou e os vegetarianos e veganos conquistaram mais representatividade. Dados colhidos pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) mostram que no Reino Unido 33% dos vegetarianos se declararam veganos. Já nos EUA, metade dos vegetarianos se declara vegana.

Mas, afinal, quem são os brasileiros veganos?

No Brasil, não há levantamento oficial sobre o número de veganos, mas a SVB estima que existam 5 milhões de pessoas que optam por não consumir nada de origem animal dentro do universo de 16 milhões de vegetarianos identificados por uma pesquisa do Instituto Ibope em 2012.

O agente de atendimento Arleton Cunha, 34, mora em São Paulo — cidade que concentra a maior quantidade de veganos no país. Ele conta que se tornou vegano depois de assistir a alguns vídeos através da extinta rede social Orkut.

Um dado que ajuda a entender a influência da web e o perfil dos veganos é o aumento no volume de buscas pelo termo "vegano" na internet. De janeiro de 2012 e julho de 2016, o número de vezes que alguém digitou essa palavra no Google cresceu 1.000% no país.

Para Cunha, o Dia Mundial do Veganismo serve para lembrar que não há direitos humanos legítimos sem respeito às outras espécies. "[Nos últimos anos] mudou muito porque até em grandes veículos de comunicação já se fala em veganismo", diz.

Pesquisas paralelas, como o censo realizado pelo Mapa Veg, também corroboram o entendimento a respeito desse público. Das 27,3 mil pessoas cadastradas, 8 mil se declaram veganas, o que representa cerca de 29,3% do total.

Depois de fazer um intercâmbio na Irlanda, o empresário Ricardo Campos, 34, decidiu montar um negócio que ampliasse a oferta de produtos para quem segue o veganismo e o vegetarianismo. Ele diz que nos últimos anos percebeu que as pessoas respeitam e entendem um pouco mais a filosofia, mas que o cenário está longe do ideal.

"Acho o Dia Mundial do Veganismo bastante significativo, pois todas as minorias precisam se sentir incluídas e representadas. Elas precisam ser ouvidas e divulgar seus ideais - assim como ocorre com os negros, as mulheres e com o público LGBT. É uma forma de mostrar ao mundo que esse nicho merece respeito. No caso do veganismo, é uma questão também de abdicar do seu próprio ego, pensar mais no planeta e na humanidade", afirma.

Campos hoje comanda um e-commerce (www.vegasite.com.br) que oferece diversos produtos veganos e acredita que sua atuação tem ajudado a disseminar a cultura vegana.

Website: http://www.vegasite.com.br

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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