Descubra 3 tecnologias da Fórmula 1 que podem estar no seu carro
Considerada o ápice do automobilismo, a categoria de monopostos mais famosa do mundo também é um laboratório de tecnologia. Em 72 anos de história, a Fórmula 1 se tornou o espaço perfeito para testar ideais e soluções em condições extremas e acelerar processos de pesquisa e desenvolvimento antes de levar os procedimentos para as ruas.
Sistemas tecnológicos de segurança, eficiência energética e gerenciamento de sistemas nasceram entre os circuitos da Fórmula 1, que permitiu a aceleração no processo de desenvolvimento para que essas soluções chegassem aos carros produzidos em massa. Além de incentivar o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de profissionais em um campo fértil movido pela competitividade do esporte.
Especialistas do Estadão separaram algumas das tecnologias presentes no seu carro que nasceram da Fórmula 1.
1 - Pneus verdes com melhor aderência
O ritmo acelerado e a dinâmica exigente da categoria incentivaram o desenvolvimento de pneus com diferentes tecnologias, que poderiam se adequar às várias necessidades e terrenos da categoria. Na Fórmula 1, uma boa aderência ao solo é essencial para garantir a segurança, principalmente em casos de chuva, enquanto o pneu precisa garantir a melhor velocidade possível.
A delicadeza de equilíbrio também é vista nos carros presentes nas ruas. As montadoras têm investido cada vez mais nos pneus verdes, projetados para reduzir o consumo de combustível, com menor resistência à rodagem.
2 - Telemetria e sensores
Um dos principais pilares da Fórmula 1 é a estratégia. Esse fator serve, principalmente, para o monitoramento dos diferentes sistemas do carro e é baseado em sensores que acompanham o desempenho e pressão dos pneus, a situação do motor, a pilotagem, além de diversos outros detalhes. Com esses dados, a equipe de engenheiros realiza melhorias no veículo em busca de aprimorar a condução e estratégia em cada etapa.
De certa forma, essa abordagem estratégica também já chegou aos carros de massa. Nas ruas, milhares de veículos utilizam sensores que controlam a injeção de combustível, o câmbio automático, a eficiência na condução, manutenção e muito mais.
3 - Eletrificação
A preocupação com a pegada de carbono é algo que tem assombrado tanto a indústria automotiva quanto o mundo do automobilismo. Por isso, grandes categorias se comprometeram a zerar a pegada de CO2 e a Fórmula 1 já afirmou que, a partir de 2026, irá adotar apenas combustíveis sustentáveis.
O atual motor da categoria, V6 turbo híbrido, é um exemplo direto da transferência tecnológica para os carros de rua. A tecnologia Kers (Sistema de Recuperação de Energia Cinética), que foi introduzida em 2009, armazena a energia gerada na frenagem em baterias. Esse raciocínio de recuperação de energia é a base dos veículos híbridos e elétricos produzidos atualmente, maximizando a eficiência e autonomia.
BÔNUS - Materiais mais leves e resistentes
O uso de determinados materiais é crucial para determinar o desempenho de um carro no automobilismo. Por isso, a Fórmula 1 utiliza fibras de carbono para construir suas máquinas. Apesar do alto custo, o material é leve e resistente, garantindo a estabilidade necessária ao carro em altas velocidades e proteção ao piloto.
Anteriormente, a categoria utilizava o alumínio, que tem ganhado espaço entre os modelos populares, enquanto a fibra de carbono é usada em alguns modelos esportivos e de luxo. Além disso, a Fórmula 1 impulsionou o uso da célula de sobrevivência, que seria uma estrutura projetada para proteger o motorista em caso de acidente, e o design de zonas de deformação na frente e atrás para absorver o impacto. Esses conceitos se tornaram obrigatórios em todos os carros de rua.
Ver essa foto no Instagram
-1hrgy4csm6lh5.jpg)
