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Coronavírus

STF suspende discussão sobre plano de vacinação

Aquisição da CoronaVac também estava sendo julgada, mas assunto deve retomar no dia 16 de dezembro

4 dez 2020 - 14h30
(atualizado às 14h54)
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O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta sexta-feira o julgamento virtual de ações movidas por partidos políticos que tentam obrigar o governo do presidente Jair Bolsonaro a comprar vacinas contra Covid-19 e elaborar um plano de imunização.

Plenário do Supremo Tribunal Federal
04/04/2018
REUTERS/Adriano Machado
Plenário do Supremo Tribunal Federal 04/04/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O chamado plenário virtual começou a ser realizado nesta sexta, mas um pedido de destaque apresentado pelo presidente do STF, Luiz Fux, interrompeu o julgamento. O relator das ações, ministro Ricardo Lewandowski, pediu para incluir os processos na sessão do plenário de 16 de dezembro. Caberá a Fux decidir se pauta essas ações.

A discussão das ações, que ganha cada vez mais importância diante da proximidade da conclusão dos estudos de vacinas em desenvolvimento do país e de sua autorização, pode ter impacto direto na decisão do governo federal sobre a compra de imunizantes para tentar conter a pandemia do novo coronavírus no Brasil.

Um aviso distribuído pela assessoria de Lewandowski informou que foi sugerida que a discussão ocorra em sessão presencial do plenário por videoconferência no dia 16, após pedido de destaque de Fux na sessão virtual de análise das ações.

"Para o ministro Lewandowski, o julgamento das ações, ainda neste ano, é de caráter urgente para o resguardo da vida de centenas de milhares de brasileiros em face da pandemia do coronavírus e da necessidade de um plano eficaz de vacinação", diz o aviso.

Na primeira das ações, a Rede Sustentabilidade tenta no Supremo obrigar Bolsonaro a assinar o protocolo de intenções para a aquisição de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, da chinesa Sinovac, que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo.

O presidente tem desdenhado da vacina chinesa, alegando que ela não transmite confiança à população devido à sua origem. O imunizante da Sinovac está sendo testado no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, comandado por João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro.

Na outra ação, cinco partidos querem que o STF determine procedimentos para que a União adquira as vacinas após o aval da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apresente uma estratégia de imunização.

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