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Coronavírus

Mercados internacionais fecham em alta, mas atentos ao pacote de US$ 1 tri dos EUA

Investidores ainda comemoram os dados econômicos favoráveis do dia anterior, porém, seguem de olho no impasse em torno do novo pacote de ajuda americano

4 ago 2020 - 07h10
(atualizado às 18h53)
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As Bolsas da Ásia, Europa e Nova York fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 4, ainda refletindo os dados econômicos positivos divulgados no dia anterior. Em uma dia mais tranquilo - e sem grandes indicadores -, as atenções se voltaram para o impasse nos Estados Unidos com a aprovação do superpacote de US$ 1 trilhão já anunciado pelo governo americano.

Enquanto o vírus exibe persistente resistência nos EUA, a Casa Branca e o Congresso tentam chegar a um acordo para nova rodada de estímulos, a fim de atenuar os impactos econômicos da doença. As negociações enfrentam um impasse, com a oposição defendendo manutenção dos benefícios para desempregados no valor de US$ 600, enquanto o governo quer um teto menor para o auxílio.

Além disso, nesta madrugada, o BC da Austrália (RBA) manteve seu juro básico na mínima histórica de 0,25% pelo quinto mês consecutivo, mas alertou que vai comprar mais bônus do governo nesta quarta-feira, 5, para garantir que o rendimento do papel de três anos fique em linha com a meta oficial, que também é de 0,25%.

Bolsas da Ásia

O Hang Seng liderou os ganhos na Ásia, com alta de 2% em Hong Kong, graças em parte ao bom desempenho de papéis de tecnologia após o Nasdaq renovar máxima de fechamento no último pregão. Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei subiu 1,7% em Tóquio, enquanto o chinês Xangai Composto registrou modesta alta de 0,11%, o sul-coreano Kospi avançou 1,29% em Seul e o Taiex assegurou ganho de 1,57% em Taiwan. A exceção foi o Shenzhen Composto, índice chinês de menor abrangência que caiu 0,65%.

Na Oceania, a Bolsa australiana ficou no azul, também favorecida pelo setor de tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 1,88% em Sydney, apagando a maior parte das perdas acumuladas nas duas sessões anteriores.

Bolsas da Europa

Por lá, animou o resultado do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que subiu 0,7% em junho ante maio, segundo dados publicados hoje pela Eurostat. O dado veio acima da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de alta de 0,6%.

No velho continente, as únicas quedas foram a de 0,07% do Stoxx 600 e a de 0,36% de Frankfurt. A Bolsa de Londres teve leve alta de 0,05% e a de Paris avançou 0,28%. Já Milão, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 1,21%, 0,73% e de 1,21%.

Bolsas de Nova York

Apesar das idas e vindas com o novo pacote trilionário de US$ 1 trilhão, os índices de Nova York acharam força para subir no final e terminar com algum lucro. Dow Jones avançou 0,62%, S&P 500 avançou 0,36% e Nasdaq teve ganho de 0,35%.

Assim como as Bolsas, as ações americanas tiveram um pregão cheio de volatilidade. Entre os setores, o de tecnologia caiu boa parte do dia, contudo terminou em alta. Entre algumas ações importantes, Apple subiu 0,67%, mas Microsoft recuou 1,50%.

Petróleo

Nesta terça, o contrato futuro mais líquido do ouro fechou acima da marca de US$ 2.000 a onça-troy pela primeira vez na História, em meio a um rali nos preços do metal precioso, apoiados pela incerteza da pandemia, pela tendência de baixa no dólar e pelo juros baixos no mundo todo.

Também hoje, o petróleo encerrou em alta, apesar de ter começado o dia em baixa, devido ao temor com o ressurgimento do coronavírus. A melhora se deu após rumores indicarem que o nível de estoque de barris dos Estados Unidos recuou na última semana, mas o relatório oficial está programado para sair apenas com o mercado já fechado. Com isso, o WTI para setembro, referência no mercado americano, encerrou em alta de 1,68%, a US$ 41,70. Já o Brent para outubro, referência no mercado europeu, avançou 0,63%, a US$ 44,43 o barril./COLABOROU MAIARA SANTIAGO

Estadão
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