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Como o enorme bloco de pedra caiu em Capitólio (MG)?

Entenda o risco geológico que já havia na região do desastre e o papel da chuva forte que vem caindo desde dezembro.

8 jan 2022 - 19h52
(atualizado às 23h57)
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Foto: Paredões de pedra na borda de um lago na região de Capitólio (MG)/ iStock

Um enorme bloco de pedra caiu sobre um lago, na cidade turística de Capitólio, que fica em um dos braços da represa de Furnas, no Sul de Minas Gerais. Vários barcos estavam passeando pelo local na hora do acidente e pessoas morreram em decorrência da queda do bloco de pedra.

Em entrevista à meteorologista Josélia Pegorim, a geóloga Joana Sanchez, professora da Universidade de Goiás, explica o que pode ter causado a queda do enorme bloco de pedra e também alerta para a falta de avaliação técnica de risco geológico em locais turísticos, que se faz cada vez mais necessária com o aumento da visitação em áreas naturais.

Qual a culpa da chuva?

A região de Capitólio, como todo o Sul de Minas Gerais, vem tendo pancadas de chuva frequentes, e muitas vezes com forte intensidade, desde dezembro de 2021, ocasionando um grande acúmulo de água no solo. 

Foto: Climatempo

Bloco de pedra cai sobre lago em Capitólio (MG), em 8/1/2022

A chuva frequente que cai na região nos últimos 30 dias pode ser parte da explicação para a queda do enorme bloco de pedra, pois a água da chuva foi se acumulando entre as fendas.

O mapa do Instituto Nacional de Meteorologia mostra que em 5 dias, entre os dias 3 e 7 de janeiro de 2022, a região de Capitólio recebeu de 100 mm a 125 mm de chuva.

Foto: Climatempo

Precipitação acumulada no Brasil entre 3 e 7 de janeiro de 2022 (Inmet)

No período de 30 dias, entre 7/12/2021 a 7/1/2022, o acumulado de precipitação pode ser estimado entre 300 mm a 400 mm.

Foto: Climatempo

Precipitação acumulada no Brasil entre 7/12/2021 a 7/1/2022 (Inmet)

Previsão

A região de Capitólio, como todo o Sul de Minas Gerais e a região da Serra da Canastra terá mais chuva nos próximos dias. Com a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, a chuva será frequente até pelo menos dia 13 de janeiro. É alto o risco de voltar a chover forte em vários momentos na região.

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