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Sonda alemã de quase 800 kg desaparece do fundo do mar

O equipamento, que custa cerca de 300 mil euros (quase R$ 1,3 milhão), pesa quase 770 kg e dificilmente poderia ser arrastado por tempestades, marés ou grandes animais, segundo especialistas.

5 set 2019 - 12h32
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Registro da unidade de energia, uma das duas que compõem equipamento submarino que desapareceu
Registro da unidade de energia, uma das duas que compõem equipamento submarino que desapareceu
Foto: Forschungstauchzentrum CAU / BBC News Brasil

Uma enorme sonda submarina desapareceu do fundo do mar que banha a costa báltica da Alemanha.

O equipamento, que custa cerca de 300 mil euros (quase R$ 1,3 milhão), pesa quase 770 kg e é difícil que tenha sido arrastado por tempestades, marés ou grandes animais, segundo especialistas.

Em uma expedição, mergulhadores encontraram o cabo de abastecimento de energia rompido no local, a 22 metros de profundidade e a 1,8 km da costa.

Há zonas de exclusão na região, onde barcos, mesmo os pesqueiros, são proibidos naquela área da Baía de Eckernförde, a 70km da fronteira dinamarquesa.

Acidente, furto ou sabotagem?

O equipamento alemão, dividido em uma unidade de abastecimento de energia e outra com sensores, ficava em uma dessas áreas proibidas.

Cabo ligava o aparato à costa
Cabo ligava o aparato à costa
Foto: Forschungstauchzentrum CAU / BBC News Brasil

Entre as hipóteses estão furto, intempéries, sabotagem ou acidente, no caso de a âncora de algum barco ter arrastado o equipamento até romper o cabo que o conectava à costa.

O "observartório submarino" desaparecido, instalado há três anos, deixou de enviar dados em 21 de agosto. Inicialmente, aventou-se a possibilidade de erro de transmissão, mas uma missão na semana seguinte detectou o desaparecimento.

Os instrumentos alemães estavam medindo a qualidade e outras características da água, incluindo temperatura, salinidade e níveis de concentração de oxigênio, nutrientes, clorofila e metano.

"Os dados que recebemos dali não têm preço. Eles ajudam a pesquisar mudanças no ecossistema do mar Báltico e possíveis medidas para elas", afirma o professor Hermann Bange, chefe da pesquisa oceanográfica da Geomar, um centro científico em Kiel.

A empresa pediu que testemunhas relatem atividades supeitas na região ou caso encontrem pedaços do aparato na costa. A polícia já foi notificada.

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