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ONU diz que 2017 será um dos anos mais quentes da história

6 nov 2017 - 12h09
(atualizado às 12h31)
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E 2017 seria o mais quente já registrado sem o El Niño, evento natural que libera calor do Oceano Pacífico aproximadamente a cada cinco anos, comunicou. O El Niño elevou as temperaturas globais em 2015 e 2016.
E 2017 seria o mais quente já registrado sem o El Niño, evento natural que libera calor do Oceano Pacífico aproximadamente a cada cinco anos, comunicou. O El Niño elevou as temperaturas globais em 2015 e 2016.
Foto: iStock

Este ano será um dos três mais quentes já registrados, um novo sinal da mudança climática provocada pelo homem, que está agravando "eventos climáticos extraordinários" como furacões, secas e inundações, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira.

O relatório da ONU foi elaborado como diretriz para as quase 200 nações que se reúnem em Bonn, na Alemanha, entre os dias 6 e 17 de novembro na tentativa de fortalecer o acordo climático de Paris de 2015 apesar da promessa dos Estados Unidos de se desligarem do pacto.

"2017 está a caminho de ficar entre os três anos mais quentes", disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM), projetando que as temperaturas de superfície médias ficarão um pouco menos escaldantes depois de um recorde em 2016 e aproximadamente iguais às de 2015, o ano anterior mais quente.

E 2017 seria o mais quente já registrado sem o El Niño, evento natural que libera calor do Oceano Pacífico aproximadamente a cada cinco anos, comunicou. O El Niño elevou as temperaturas globais em 2015 e 2016.

"Testemunhamos eventos climáticos extraordinários", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em um comunicado relativo a 2017, ressaltando furacões intensos no Atlântico e no Caribe, temperaturas acima dos 50 graus Celsius no Paquistão, Irã e Omã, enchentes de monção na Ásia e secas na África Oriental.

"Muitos destes eventos --e estudos científicos detalhados determinarão exatamente quantos-- trazem o sinal delator da mudança climática causada pelas concentrações maiores de gases de efeito estufa das atividades humanas", afirmou.

A reunião de Bonn deve elaborar um "livro de regras" para o Acordo de Paris, que almeja acabar com a era dos combustíveis fósseis na segunda metade do século mudando a matriz da economia mundial para energias mais limpas, como a eólica e a solar.

"Estas descobertas sublinham os riscos crescentes para pessoas, economias e o próprio tecido da vida na Terra se não entrarmos nos eixos com as metas e ambições do Acordo de Paris", disse Patricia Espinosa, secretária-executiva de Mudança Global do Clima, da ONU, que preside a cúpula de Bonn.

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