Cidade de Pernambuco supera Paraipaba e vira a maior produtora de coco do Brasil; veja cenário
Petrolândia, em Pernambuco, desbanca Paraipaba (CE) e assume liderança na produção nacional de coco em 2025. Entenda os números, o impacto econômico e as perspectivas para a cadeia produtiva.
Durante quatro anos, Paraipaba, no Ceará, foi sinônimo de liderança nacional na produção de coco-da-baía. A partir de 2025, esse cenário mudou: Petrolândia, município do interior de Pernambuco, passa a ocupar o topo do ranking, coroando uma disputa marcada por tradição, tecnologia e desafios climáticos.
A histórica virada no ranking
Dados do IBGE mostram que Petrolândia colheu 162 mil toneladas de coco no último ciclo, superando Paraipaba, que agora soma 155,9 mil toneladas. Essa ultrapassagem marca uma nova fase do agronegócio do coco, evidenciando o potencial pernambucano para ampliar sua influência em todo o país.
O peso econômico do coco
A produção de coco movimenta cerca de R$ 113 milhões em Petrolândia e R$ 61 milhões em Paraipaba, conforme o valor da safra mais recente. Esse setor impulsiona o comércio, a geração de empregos e a industrialização de derivados, como água, leite, óleo e coco ralado, fundamentais para pequenos e grandes produtores.
Ceará ainda é destaque nacional
Apesar da perda do primeiro lugar entre cidades, o Ceará mantém o status de estado líder em produção total de coco. O último levantamento aponta 588,5 mil toneladas colhidas no ano, superando Bahia e Pernambuco em volume. O rendimento por hectare segue avançando, impulsionado por técnicas modernas adotadas em diversos municípios cearenses.
Diversificação regional e competitividade
Além de Petrolândia e Paraipaba, cidades como Acaraú (CE), Touros (RN), Moju (PA) e Trairi (CE) integram o seleto grupo dos dez maiores produtores do Brasil. Essa diversificação reforça a força regional do Nordeste e estimula a competitividade entre pequenos e grandes agricultores.
Investimento e tecnologia: os segredos pernambucanos
O sucesso de Petrolândia é atribuído ao uso de irrigação eficiente, variedades adaptadas ao clima semiárido e práticas de manejo inteligente, que combinam tradição local com inovação tecnológica. O alto desempenho produtivo pernambucano serve de exemplo para outros polos emergentes.
Desafios do clima e do mercado
Oscilações climáticas, como períodos de estiagem e alterações de temperatura, afetam diretamente a produtividade. Produtores enfrentam alta nos custos de insumos, variação de preços e incidência de pragas, o que exige planejamento e investimento constante.
Mercado global e exportações
Paraipaba investe em conquistar mercados internacionais, exportando água de coco concentrada e outros derivados para até dez países. Esse foco em qualidade e diversificação agrega valor à produção local, mostrando que perder o posto no ranking brasileiro não significa abrir mão do protagonismo global.
Perspectivas para a cadeia do coco
A expectativa para os próximos anos é de maior profissionalização, expansão das áreas irrigadas e incremento no uso de tecnologia de precisão. A busca por produtividade, sustentabilidade e agregação de valor marca o futuro do setor.
Importância social e geração de renda
Milhares de famílias dependem da cadeia produtiva do coco no Nordeste. Empregos diretos e indiretos transformam comunidades rurais, estruturam cooperativas e ampliam acesso ao crédito e à assistência técnica.
O novo mapa do coco brasileiro
A ascensão de Petrolândia mostra que o mercado está em transformação. Adaptar-se rapidamente às mudanças climáticas, investir em tecnologia e manter a organização dos produtores são fatores decisivos para permanecer em destaque nacional e internacional.