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Jinping: China precisa liderar reforma da governança global

País tem buscado maior protagonismo em instituições internacionais como Banco Mundial, FMI e ONU

23 jun 2018 - 20h25
(atualizado em 24/6/2018 às 09h39)
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A China precisa liderar a reforma da governança global, afirmou o Ministério de Relações Exteriores do país neste sábado, citando o presidente do país, Xi Jinping.

O país tem buscado ter mais voz em organizações globais como o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Nações Unidas, em linha com seu crescimento econômico e influência internacional.

O presidente da China, Xi Jinping
O presidente da China, Xi Jinping
Foto: Kham/File Photo / Reuters

Desde que assumiu o governo em 2012, Xi tem tomado medidas para criar os próprios órgãos globais da China como o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura e lançou um ambicioso projeto para construir uma nova Rota da Seda.

Pequim assumiu papel de ser um membro responsável da comunidade internacional, especialmente em um momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retira o país de acordos sobre mudança climática e do tratado com o Irã e enquanto a Europa enfrenta o Brexit e outras questões.

A China precisa "defender a proteção da soberania do país e seus interesses em segurança e desenvolvimento, participar proativamente e mostrar o caminho na reforma global do sistema de governança, criando uma rede ainda melhor de relacionamentos de parcerias globais" disse Xi segundo comentários citados no fim de um encontro de dois dias entre membros do alto escalão do Partido Comunista.

Isso ajudaria a criar condições para construção de um país socialista moderno e forte, disse o ministério durante o encontro que reuniu autoridades dos ministérios de Relações Exteriores e de Comércio, Exército, do departamento de propaganda e a representantes da embaixada chinesa nos EUA.

Apesar de Xi não ter dado detalhes, o comunicado o cita mencionando a importância da Rota da Seda e outras importantes plataformas diplomáticas como sua "comunidade de destino comum", um conceito que guia as relações da China com o mundo.

O conceito propõe um "novo estilo" de relações internacionais de "ganha-ganha" e "benefício mútuo" para todos, mas muitas nações do Ocidente criticam o comportamento da China sobre questões como áreas contestadas que incluem o Mar do Sul da China.

Xi acrescentou que a China precisa fortalecer suas relações com nações em desenvolvimento, que são descritas como aliados naturais, mas também precisa aprender com outros países.

O presidente chinês não fez menção direta a questões como a guerra comercial aberta pelos EUA contra o país, ou Coreia do Norte e Taiwan.

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