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Brasileira diz que Portugal reteve seu filho e ameaçou entregá-lo à adoção se ficassem no país

17 jul 2025 - 11h26
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Desentendimentos familiares e a intervenção de órgãos de proteção de menores em Portugal levaram Larissa Aparecida Martins a viver uma experiência traumática durante sua estadia no país. A brasileira, grávida de dois meses na época, contou ao Portugal Giro que seu filho de apenas um ano e meio foi mantido sob vigilância em dois hospitais públicos portugueses por quase três semanas. A liberação, segundo ela, só ocorreu após apresentar passagem de volta ao Brasil.

Tornozeleira na perna esquerda do bebê
Tornozeleira na perna esquerda do bebê
Foto: Reprodução/Portugal Giro / Perfil Brasil

Em entrevista à coluna, Larissa disse "ter sido enganada" ao assinar documento das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), que ameaçaram entregar a criança para adoção.

"Ameaçaram entregar para uma família se não apresentasse a passagem de volta. Fiquei com muito medo de perder meu filho. Totalmente sequestrada", declarou ao Portugal Giro, já de volta ao Brasil.

Por que o filho de Larissa foi retido?

O episódio teve início após uma discussão doméstica com o marido, Jeferson Silva, trabalhador da construção civil. A briga motivou a presença da Guarda Nacional Republicana (GNR), que levou Larissa ao Hospital de Abrantes. Embora a GNR tenha liberado a saída, o hospital manteve mãe e filho internados.

Segundo Larissa, a justificativa foi de que o menino havia presenciado uma situação de violência e ela não teria condições de mantê-lo. Dois dias depois, ambos foram levados ao Hospital Rainha Santa Isabel, em Torres Novas, onde ficaram por mais 18 dias.

"Não teve briga na frente da criança, que estava no quarto e a briga foi na cozinha. Em Torres Novas, a assistente disse que o bebê não iria mais sair dali até acharem uma família."

Enquanto podia dormir no hospital, Larissa arcava com seus próprios custos. Ela afirma ter assinado um documento orientado por um representante das CPCJ sem compreender seu conteúdo completo.

"Mentiu para mim, dizendo que era um meio de tirar a gente dali, mas era intervenção. Eu tinha muita coisa na cabeça, não li direito e assinei. Nem lembrava o que era. E começou a pressão, ameaças de tirarem meu filho."

A brasileira contou que recebeu um prazo de cerca de 15 dias para comprar a passagem de volta, no valor de € 802 (aproximadamente R$ 5,1 mil). Sem recursos, o casal contou com a ajuda do chefe de Jeferson, que emprestou o valor.

Durante esse período, mãe e filho enfrentaram restrições. Segundo ela, foram obrigados a permanecer em um quarto quente, com portas abertas e vigilância constante.

"A criança ficou à base de água, batata cozida e peixe com espinhas. Sem suco ou fruta, que eu pegava escondido no refeitório. Tinha que fazer silêncio depois das 20h. Como, com um bebê?"

"A janta dele era às 19h e o café da manhã só às 9h, pão e danone. Em casa, ele sempre beliscava alguma coisa entre refeições. E eu não tomava banho e não comia quase nada, porque não tinha direito e estava juntando dinheiro para a passagem. Perdi 10 quilos."

Segundo Larissa, o ponto mais crítico foi a colocação de uma tornozeleira eletrônica no filho, que, se ultrapassasse certos limites dentro da unidade, disparava um alarme.

"Morri de medo quando colocaram a tornozeleira na perna dele, um ato desnecessário. Se a gente passasse da linha amarela numa porta, apitava. E eles o tempo todo desacreditando que conseguiríamos a passagem e que outra família já estava à espera do bebê."

Perfil Brasil
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