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Temer diz que queda da inflação reduziu arrecadação

16 ago 2017 - 18h09
(atualizado às 18h26)
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O presidente Michel Temer repetiu as justificativas usadas por ministros na véspera durante anúncio do aumento do rombo fiscal, ao comentar o assunto pela primeira vez nesta quarta-feira, apontando para a queda da inflação como uma das principais causas do recuo da arredacadação e disse que as medidas anunciadas permitirão que o governo não eleve os impostos.

Temer faz discurso em evento em São Paulo
 16/8/2017    REUTERS/Leonardo Benassatto
Temer faz discurso em evento em São Paulo 16/8/2017 REUTERS/Leonardo Benassatto
Foto: Reuters

Em evento para investidores em São Paulo, Temer também voltou a defender a reforma da Previdência e disse que as alterações drásticas feitas por parlamentares na proposta de refinanciamento de dívidas enviada pelo governo, o chamado Refis, também tiveram impacto negativo na arrecadação.

"Neste ano verificou-se o seguinte, é interessante, houve uma queda na arrecadação. É curioso, quando a inflação cai demais... cai a arrecadação", afirmou o presidente, que costuma apontar a redução na alta dos preços como uma das grandes vitórias de seu governo.

"Nós fizemos um plano de refinanciamento, o chamado Refis, e isto no Congresso Nacional... pois o Congresso modificou radicalmente e, interessante, como modificou radicalmente, as empresas que iriam aderir ao Refis ficaram esperando para aderir", disse Temer, culpando também essa menor adesão pela queda na arrecadação.

Na noite de terça-feira, os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciaram a elevação da meta de déficit primário deste ano e de 2018 para 159 bilhões, ante metas anteriores de 139 bilhões de reais e de 129 bilhões de reais, respectivamente.

O governo também anunciou medidas de cortes de gastos, como a eliminação de 60 mil cargos que estavam vagos e o adiamento por um ano do reajuste dos salários dos servidores.

"Com essas medidas que eu acabei de anunciar, nós não teremos aumento de impostos, o que é importante para manter o firme compromisso com a manutenção da trajetória de recuperação das contas públicas. E é por isso que eu insisto que é preciso seguir adiante com as reformas."

Temer disse que a reforma da Previdência é "inafastável" e que o governo deve se envolver nas discussões sobre a reforma política.

Assim como também fez em evento pela manhã, em Brasília, com o setor de supermercados, Temer voltou a tratar de uma simplificação tributária. O presidente disse que as mudanças serão feitas com o objetivo de incentivar o investimento e que o governo pretende fazer essa simplificação ainda neste semestre.

"Não há espaços para alternativas não democráticas", diz Temer:
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